O Departamento norte-americano do Tesouro impôs, durante o tempo decorrido até 28 de junho, quatro multas a empresas de seu país e estrangeiras por supostas violações ao bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba.
A última vítima dessa política, imposta há mais de 55 anos, foi a companhia seguradora estadunidense American Internacional Group (AIG), cuja penalidade foi de US$148.698.
Segundo o Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) deste departamento, a entidade esteve envolvida em 29 aparentes violações do bloqueio, ao fornecer licença de seguros a vários envios de mercadorias para ou a partir de Cuba, ou relacionados com uma entidade da Ilha.
A AIG recebeu sua segunda multa em três anos, pois em maio de 2014, o Governo estadunidense alegou que empresas subsidiárias da companhia seguradora no Canadá violaram em 3.560 ocasiões as regulamentações contra Cuba, entre janeiro de 2006 e março de 2009.
A partir da posse do presidente Donald Trump, em 20 de janeiro, Washington sancionou-a em três ocasiões pelo referido tema, duas delas no presente mês de junho.
No dia oito de junho, a empresa American Honda Finance Corporation, dedicada ao financiamento do transporte automotor para compradores, rendeiros e distribuidores independentes autorizados de produtos Honda e Acura, teve una multa de US$87.255.
No passado discurso, proferido em 16 de junho, em Miami, Flórida,Trump assinou o chamado Memorando Presidencial de Segurança Nacional, sobre o Fortalecimento da Política dos Estados Unidos contra Cuba.
O documento acima descrito restringe as viagens dos norte-americanos ao país caribenho, a partir de empecilhos burocráticos e a eliminação das visitas educativas individuais.
Proíbe, ainda, as transações econômicas, comerciais e financeiras entre companhias estadunidenses e empresas cubanas ligadas às Forças Armadas Revolucionárias e aos serviços de inteligência e segurança.
Daí que o governo da Ilha tenha considerado, em uma declaração, que era a imposição de obstáculos adicionais às restritas chances que o setor empresarial estadunidense tem para comerciar e investir em Cuba.
O OFAC foi responsável por inúmeras sanções, multas e acosso a entidades internacionais que resolveram rejeitar os pronunciamentos de Washington e obviar o bloqueio.
Por exemplo, em fevereiro de 2016, sancionou a empresa francesa CGG Services S.A. com uma quantia de US$614.250.
O bloqueio mantido a partir de fevereiro de 1962 foi rejeitado por 191 países em 2016, na Assembleia Geral das Nações Unidas, entretanto os Estados Unidos, que o impõem, e Israel, seu tradicional aliado, abstiveram-se pela primeira vez na votação correspondente.
Washington e Havana restabeleceram relações diplomáticas em 20 de julho de 2015 e assinaram dezenas de acordos e memorandos de entendimento em diversos setores, como parte de um processo encaminhado à normalização de seus vínculos bilaterais.
Contudo, as autoridades cubanas consideram que o principal obstáculo para atingir esse objetivo é a persistência do bloqueio que é a causa de consideráveis privações e afetações humanas à nação antilhana.
(Prensa Latina)