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Kadafi afirma que continuará luta contra a agressão

Os vastos recursos da OTAN e as forças do autodenominado Conselho Nacional de Transição (CNT) estão concentrados hoje em capturar o líder líbio, Muamar Kadafi, que desafiou-os com a consigna “Vitória ou morte!”.

Em uma alocução difundida por uma emissora líbia que está fora do domínio dos insurgentes, Kadafi qualificou sua saída desta capital de movimento tático e assegurou que permanecerá no país “até o triunfo ou o martírio”.

A entrada das heterogêneas milícias do CNT ontem no complexo residencial de Bab al Aziziya foi difundida como uma vitória decisiva, mas, na realidade, não contribuiu a esperada solução definitiva à guerra.

A operação, que durou várias horas, contou com o apoio da aviação da OTAN que não economizou munição em suas descargas sobre a residência e áreas vizinhas.

Washington e os demais países da aliança bélica esclareceram ontem que prosseguirão os bombardeios até a extinção do atual governo.

Para o CNT é importante uma vitória tangível antes de amanhã, quando a Liga Árabe está convocada com urgência em sua sede do Cairo para examinar a crise líbia e consagrar sua vitória, que não é definitiva sem a captura ou o exílio de Kadafi.

Ainda que a Liga apoiou os opositores e condenou a intervenção militar da aliança atlântica, seus estatutos preveem o reconhecimento de países e não de governos, por isso resulta factível que, salvo um exercício de abstração, declare vazio o assento correspondente à Líbia.

Fontes do CNT asseguraram que controlam 80 por cento do país, mas é notório que há várias cidades, entre elas Sirte, de onde é oriundo Kadafi, que estão fora de seu controle.

Aqui em Trípoli continua-se escutando disparos e o Rixos Hotel, onde estão sitiados os jornalistas que não viajam com os insurgentes, é um caos de versões contraditórias sobre o estado real da situação.

Na prática, os meios multinacionais que acompanham as forças do CNT têm o monopólio da informação e suas versões da situação são as que prevalecem.

Boletins desses meios informaram sobre troca de tiros em vários distritos vizinhos ao complexo de Bab al Aziziya, mas abstêm-se de mencionar o estado de coisas no resto desta capital.

Além disso, reivindicaram a captura pelo CNT da cidade de Ras Lanuf.

Enquanto soube-se também que o governo britânico anunciou o envio a este país norte-africano de uma denominada missão de estabilidade para cooperar na criação do que qualificou de um “governo estável”, no qual incluem os atuais ministros, o que se considera um convite tácito a mudar lealdades.

O anúncio evidencia a desconfiança da Europa e dos Estados Unidos na capacidade do CNT de exercer controle efetivo sobre a situação, baseada no caos desatado no Iraque depois da invasão e ocupação militar estadunidense desse país árabe.

(Prensa Latina)

2 Comentários

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  1. martinho júnior / PáginaGlobalBlogspot

    A VINGANÇA “AFRICOM”.

    África está a pagar, em função do caso da Líbia, o seu tributo de submissão por ter até hoje inviabilizado que a sede do AFRICOM, uma das últimas “heranças” de George W. Bush, tenha sido transferida para o continente.

    Todas as missões que foram enviadas pela Unidade Africana à região, no sentido de se encontrarem plataformas de diálogo para a Líbia, evitando a efusão de sangue em mais uma dilacerada latitude do continente, esbarraram na “pétrea” posição dos rebeldes: missão africana alguma foi recebida por eles em Benghazi ou em qualquer outra parte e nunca houve vontade de se enveredar por outra opção que não fosse o uso das armas para a conquista do poder e, com isso, estabelecer o figurino dos interesses do quadro da hegemonia.

    Mesmo as iniciativas do Presidente Sul Africano Jacob Zuma para chegar a Tripoli, foram sempre condicionadas às agendas militares da OTAN relativas à abertura ou não do espaço aéreo.

    Pelo contrário, foram sempre bem sucedidos os contactos dos rebeldes com os estados europeus seus tutores, particularmente os que se vinculam à OTAN, garantes do êxito de sua própria instalação no poder em Tripoli pela via das armas.

    Dos países que foram reconhecendo os rebeldes, a maior parte são europeus e monarquias árabes.

    Martinho Júnior.

    Luanda.

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  2. natan / MERCENARIOSAMERICANOS

    KADAFFI AGUENTOU ATÉ DEMAIS, HOMEM GUERREIRO, LUTOU POR 6 MESES CONTRA OS ESTADOS UNIDOS E SEUS RECURSOS INFINITOS, SUAS BOMBAS, TANQUES, NAVIOS, JATOS,

    A LÍBIA NÃO LUTOU CONTRA KADAFFI, FOI OS EUA!

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