Kadafi e as potências ocidentais
As potências ocidentais, lideradas pelos EUA, botam a boca no trombone em defesa dos direitos humanos na Líbia. E as ocupações genocidas do Iraque e do Afeganistão? Quem dobra os sinos por um milhão de mortos no Iraque? Quem conduz à Corte Internacional de Justiça da ONU os assassinos confessos no Afeganistão, os responsáveis por crimes de lesa-humanidade? Por que o Conselho de Segurança da ONU não diz uma palavra contra os massacres praticados contra os povos iraquiano, afegão e palestino?
Certidão de boa conduta
Sofisticados meios maciços de informação tinham estado saturando as nossas mentes com notícias de riscos de guerras fratricidas, tráficos de armas ligados às drogas que em apenas cinco anos mataram mais de 35 mil pessoas no México; mudanças climáticas em diversos países, calores asfixiantes, montanhas de gelo se derretendo nos pólos, chuvas diluvianas, escassez e preços crescentes de alimentos. Estávamos realmente necessitados de consolação e esta nos acaba de chegar através desse anjo salvador da nossa espécie, o Conselho de Segurança das Nações Unidas e sua colossal invenção: as certidões de boa conduta.
Os desastres que ameaçam o mundo
Se a velocidade da luz não existisse; se a estrela mais próxima do nosso Sol não estivesse a quatro anos-luz da Terra, único planeta habitado do nosso sistema; se os ÓVNIS existissem de verdade, os imaginários visitantes ao planeta continuariam sua viagem sem compreender as coisas da nossa sofrida humanidade.
Os dois terremotos
Um forte terremoto de magnitude 8,9 estremeceu hoje o Japão. O mais preocupante é que as primeiras notícias falavam de milhares de mortos e desaparecidos, cifras realmente inusitadas num país desenvolvido onde tudo é construído a prova de sismos. Inclusive, falava-se de um reator nuclear fora de controle. Horas depois se informou que as quatro plantas nucleares próximas à zona mais afetada estavam controladas. Igualmente se informava de um tsunami de 10 metros de altura que provocou alerta de maremoto em todo o Pacífico.
A NATO, a guerra, a mentira e os negócios
Como alguns sabem, em setembro de 1969, Moamar al-Khaddhafi, um militar árabe beduíno de peculiar caráter e inspirado nas idéias do líder egípcio Gamal Abdel Nasser, promoveu no seio das Forças Armadas um movimento que derrocou o Rei Idris I da Líbia, um país desértico quase na sua totalidade e de escassa população, situado ao norte da África, entre a Tunísia e o Egipto.
A guerra inevitável da NATO (Segunda parte)
Quando Gaddafi, coronel do exército líbio, inspirado em seu colega egípcio Abdel Nasser, derrubou o Rei Idris I em 1969 com apenas 27 anos de idade, aplicou importantes medidas revolucionárias como a reforma agrária e a nacionalização do petróleo. As crescentes receitas foram dedicadas ao desenvolvimento econômico e social, designadamente aos serviços educacionais e de saúde da reduzida população líbia, localizada em um imenso território desértico com muito pouca terra cultivável.
A GUERRA INEVITÁVEL DA NATO
O imperialismo e a NATO ?seriamente preocupados pela onda revolucionária desatada no mundo árabe, onde é gerada grande parte do petróleo que sustenta a economia de consumo dos países desenvolvidos e ricos? não podiam deixar de aproveitar o conflito interno surgido na Líbia para promover a intervenção militar. As declarações formuladas pela administração dos Estados Unidos da América desde o primeiro instante foram categóricas nesse sentido.