Dificilmente alguém tenha conseguido definir com maior eloquência o valor que tem para Cuba a segurança alimentar do que o general-de-exército Raúl Castro Ruz, quando afirmou que o feijões eram tão importantes quanto os canhões.
Apenas oito palavras lhe bastaram para resumir um conceito como o autofornecimento e enunciar a necessidade de lançar mão de todas as alternativas para fazer produzir a terra. Dessa maneira, ele nos advertia dessa outra guerra que a Ilha devia travar para continuar sendo soberana.
Não podemos esquecer o alerta de Raúl nestes tempos da pandemia. A crise sanitária de alcance mundial e seus efeitos sobre a economia deram uma nova dimensão à produção de alimentos.
O presidente da República, Miguel Díaz-Canel destacou essa questão várias vezes, quando insistiu em incrementar as produções, fomentar as ligações produtivas, substituir importações e, inclusive exportar.
Sob o proposito de ajudar a procurar soluções regionais que contribuam para a segurança alimentar, Cuba participou da 2ª reunião virtual de ministros e secretários da Agricultura, pesca, pecuária, alimentação e desenvolvimento rural das Américas.
Convocado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e o Instituto Interamericano de cooperação para a Agricultura, o evento concluiu com o compromisso das nações participantes de fortalecer a produção agroalimentar, devido ao papel estratégico desse setor para a reativação econômica. Além disso, os participantes coincidiram na importância de fortalecer as medidas que protejam a saúde das pessoas e a sanidade agropecuária.
Igualmente, expressaram a vontade de fomentar a cooperação técnica internacional, para complementar esforços na inovação, a inclusão e a sustentabilidade agrícola e rural.
Apesar de que na região existem grandes produtores de alimentos, a FAO adverte que também há grandes desigualdades. Por exemplo, há mais de cem milhões de pessoas que não tem acesso a uma dieta sadia e cerca de 48 milhões tem fome.
(Source: Granma)