O ministério das Relações Exteriores (Minrex), de Cuba, divulgou uma nota diplomática na quinta-feira, 26, para protestar contra o governo dos Estados Unidos, em resposta a recentes declarações, particularmente ofensivas, do Departamento de Estado sobre a cooperação médica internacional de Cuba.
Juan Antonio Fernández Palacios, vice-diretor da Direção Geral de Imprensa, Comunicação e Imagem do Minrex, anunciou nesta quinta-feira, 26, a condenação da nova farsa norte-americana, em dias de grande choque no mundo devido à morte de milhares de pessoas diariamente, por causa da doença chamada Covid-19.
O texto descreve a campanha de descrédito da presidência da Casa Branca como imoral e ofensiva, em um momento em que são precisos esforços conjuntos para enfrentar a pandemia, motivo pelo qual a solidariedade e a ajuda aos povos carentes devem ser promovidas.
«Das Nações Unidas, e a uma só voz, a comunidade internacional pede unidade e cooperação. Reivindica-se o fim das guerras e conflitos. Também pede a cessação e suspensão de bloqueios injustos e medidas coercitivas unilaterais. Deixar de lado a mesquinharia e da hostilidade», observa a nota, que enfatiza que a saúde é um direito humano.
Finalmente, citou o Comandante-em-chefe, Fidel Castro: «Cuba nunca faria ataques preventivos ou de surpresa contra qualquer recanto escuro do mundo. Em vez disso, nosso país foi capaz — e continua sendo — de enviar os médicos necessários ao recantos mais sombrios do mundo. Médicos e não bombas».
ASSINATURA COMUM CONTRA O BLOQUEIO
China, Rússia, Irã, Síria, República Popular Democrática da Coreia, Cuba e Nicarágua enviaram uma carta conjunta ao secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, para este órgão solicitar o levantamento de medidas coercitivas unilaterais dos Estados Unidos.
A carta denuncia que as sanções de Washington «minam os esforços que esses países estão fazendo para combater o coronavírus, especialmente no que diz respeito à aquisição de equipamentos e suprimentos médicos».
«Não podemos permitir que cálculos políticos atrapalhem a salvação de vidas humanas», destaca a carta enviada na quarta-feira, segundo uma análise da Telesur.
Os signatários confirmaram que este momento «não é para fomentar o caos, mas para a solidariedade global, cooperação e prudência, para unir forças nos níveis nacional, regional e internacional, sem qualquer tipo de discriminação».
Além de lidar com a nova pandemia de coronavírus, «a maior emergência de saúde pública do nosso tempo», alguns países «também precisam lidar com outras circunstâncias excepcionais, como o impacto negativo de medidas coercitivas colaterais».
O efeito destrutivo dessas sanções dificulta a capacidade dos governos de acessar regularmente o sistema financeiro internacional ou o livre comércio, prejudicando os esforços que as administrações estão fazendo para enfrentar o Covid-19.
(Source: Granma)