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O país que não esquecerá porque tem memória e não vai deixar de protegê-la

Asamblea Banderas«É necessário criar uma cultura de conservação da memória histórica, não apenas a partir das ações de preservação em si, mas também do trabalho dos órgãos de treinamento», afirmou o presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, ao falar nesta quarta-feira, 18, na Comissão de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, na qual foi discutido o Programa para deter a deterioração do patrimônio documental do país.

O presidente chamou a atenção para a afetação notável sofrida por parte do fundo histórico arquivado em diferentes mídias, como som, filmes, fotografias. «Essa é uma questão não resolvida», ressaltou, «porque muitas vezes nos falta infraestrutura ou pessoal especializado, dois fatores sem o qual é quase impossível recuperar documentos em mau estado».

Díaz-Canel também se referiu às ações de digitalização realizadas e mencionou algumas instituições que, devido ao valor de seus recursos e sua especialização, ocupam um papel hierárquico na conservação.

O Gabinete dos Assuntos Históricos do Conselho de Estado, o Museu da Música, o Escritório do Patrimônio Documentário, entre outros — disse — foram encarregados de um importante trabalho com os fundos documentais de Fidel, Che Guevara e outras personalidades do nosso país.

Díaz-Canel disse que essas entidades receberam financiamento e equipamentos com base nos processos de digitalização. Além disso, hoje os jornais desenvolvem uma parte desse trabalho, especialmente com o fundo fotográfico; enquanto isso, existem vários centros que possuem plataformas digitais e dão aos usuários acesso a esses conteúdos.

O presidente cubano também reconheceu o valor da EcuRed como uma importante plataforma de pesquisa, especialmente para jovens, enquanto comentava o trabalho realizado pela Universidade das Ciências Pedagógicas da Universidade Enrique José Varona para tornar o ensino de História mais atraente e interessante. Assim, enfrentamos, com nossos argumentos, a plataforma neoliberal que queremos impor.

Diaz-Canel também prestou atenção aos arquivistas e a todas as pessoas envolvidas no resgate da memória histórica, porque com «sensibilidade e responsabilidade continuaremos contribuindo para este programa».

Anteriormente, Martha Ferriol Marchena, diretora-geral do Arquivo Nacional de Cuba, explicou aos deputados o progresso dessa tarefa priorizada, que é verificada mensalmente no mais alto nível.

Entre os resultados mais significativos estão, em sua opinião, a aprovação da Política para a melhoria do Sistema Nacional de Gerenciamento de Documentos e Arquivos, as diretrizes gerais para a conservação e digitalização de fontes documentais; bem como planejamento de investimentos para melhorar as propriedades que valorizam a memória dos territórios.

Sobre a importância da conservação, o custo do equipamento necessário e a necessidade de treinar especialistas no campo, muitas das intervenções dos deputados, como Lisset Martínez, de Habana del Este, que insistiram na formação e participação de jovens na recuperação de documentos históricos.

Nesse sentido, Ena Elsa Velázquez Cobiella, Ministra da Educação, disse que «existem províncias que não exigem técnicos médios nessa área, mesmo que a opção seja aberta em todos. Estimular os alunos e aperfeiçoar currículos baseados nas necessidades do país é outra maneira de contribuir para a preservação da memória histórica».

(Granma)

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