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A Venezuela não está sozinha, seu povo e a comunidade internacional a acompanham

Maduro golpeO povo venezuelano continua em mobilização, como pediu seu legítimo presidente, Nicolás Maduro, para defender a soberania, paz e a constitucionalidade do projeto bolivariano naquele país, atacado novamente na última quarta-feira, 23 de janeiro, por um golpe organizado e patrocinado pelo governo dos Estados Unidos.

Na quinta-feira, 24, durante a abertura do ano judicial venezuelano, Maduro disse O povo venezuelano continua em mobilização, como pediu seu legítimo presidente, Nicolás Maduro, para defender a soberania, paz e a constitucionalidade do projeto bolivariano naquele país, atacado novamente na última quarta-feira, 23 de janeiro, por um golpe organizado e patrocinado pelo governo dos Estados Unidos.que, de acordo com a Constituição venezuelana, «não há nenhuma razão para considerar a falta de cargo», aduzida pelo deputado Juan Guaidó para se proclamar presidente no comando.

Na Carta Magna são declaradas como faltas absolutas do presidente: «morte, renúncia, demissão decretada por sentença do TSJ ou deficiência física ou mental e nenhum desses casos existe», disse o presidente.

GOVERNADORES, SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, O PODER ELEITORAL E O CIDADÃO APOIAM A CONSTITUIÇÃO

O Poder Eleitoral da Venezuela, representado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), exigiu respeitar a vontade do povo que constitucionalmente elegeu o seu presidente, em maio de 2018. «O CNE repudia e condena a completa ignorância e violação da ordem constitucional, evidenciada em 23 de janeiro», disse Tibisay Lucena, sua presidenta.

Maikel Moreno, presidente do Supremo Tribunal de Justiça, afirmou que o sistema judicial reconhece a autoridade de Nicolás Maduro como presidente constitucional e ignora a usurpação do cargo com o sério propósito de contornar a vontade do povo.

Também o Procurador Geral, Tarek William Saab, em nome do Poder Cidadão, condenou a tentativa de golpe da direita e expressou apoio irrestrito ao Executivo.

Segundo a PL, os governadores de 19 estados venezuelanos pediram a preservação da paz, o respeito à democracia e a soberania do país sul-americano e rejeitaram atos violentos favorecidos pelos opositores. O pronunciamento foi divulgado pelo governador do estado de Miranda, Héctor Rodríguez. «As forças de segurança do país são mobilizadas para garantir a paz do povo», disse.

Qualificou a oposição de irresponsável, ao permitir a interferência estrangeira e instou a população a não se deixar contaminar pelo ódio da direita.

MADURO RATIFICADO COMO SEU COMANDANTE-CHEFE

Os comandantes das Regiões Estratégicas de Defesa Integral (REDIs) da Venezuela ratificaram seu apego à Constituição e o apoio ao presidente Nicolás Maduro, como seu comandante-chefe. O principal representante da REDI Ocidental, Fabio Zavarce, rejeitou a interferência internacional nos assuntos venezuelanos e ratificou seu apoio ao chefe de Estado. Da região dos Andes, Manuel Bernal expressou a lealdade e subordinação das unidades operacionais sob seu comando ao governo constitucional do país sul-americano.

Enquanto isso, o comandante da REDI Los Llanos, Víctor Palacios, enfatizou a «estrita adesão à Magna Carta e às leis da Venezuela» dos órgãos militares que ele dirige, o que reafirmou em Aragua, o chefe do REDI Central, Domingo Hernandez Antes. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, disse que «a FANB defenderá a Constituição venezuelana como garantidora da soberania nacional».

A COMUNIDADE INTERNACIONAL DIANTE DA INTERFERÊNCIA NA VENEZUELA

Os países membros da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA-TCP) apoiaram e reconheceram o presidente Maduro, dadas as ameaças de golpe de Estado promovidas pelos Estados Unidos. Reiteraram em um comunicado que só reconhecerão como representantes da Venezuela, nos âmbitos multilateral e bilateral, os funcionários diplomáticos indicados pelo Poder Executivo da Venezuela, chefiado pelo presidente Maduro, e enfatizaram que não reconhecerão presença alguma, nas organizações multilaterais, de nenhum representante que seja resultado da violação dos atuais regulamentos legais venezuelanos, por parte de um suposto governo paralelo.

Telesur relata que o presidente russo Vladimir Putin falou por telefone com Maduro, expressando seu apoio. O líder russo enfatizou: «Uma intervenção externa destrutiva viola as normas fundamentais do direito internacional». Na conversa, ele se expressou a favor de encontrar soluções no âmbito do campo constitucional. Os dois chefes de Estado confirmaram sua disposição de continuar a cooperação em vários campos.

O governo da Nicarágua disse em um comunicado: «A Grande Pátria não se curva, fica orgulhosa, com o Amor de seus Povos. Geminados na ALBA, somos todos da Venezuela. A América Latina e o Caribe, berço de grandes e luminosos seres, reivindicam dignidade e grandeza contra o império».

«A China apoia os esforços do governo da Venezuela para manter sua soberania, independência e estabilidade», disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, em entrevista coletiva. «Seguimos o princípio da não-interferência nos assuntos internos de outros países, nos opomos à interferência estrangeira nos assuntos internos da Venezuela e esperamos que a comunidade internacional siga também esse princípio», concluiu.

«O Irã apoia o governo e a nação da Venezuela em face de qualquer interferência estrangeira nos assuntos internos do país ou qualquer outro ato ilegítimo e ilegal, incluindo uma tentativa de golpe de Estado», disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Bahram Qasemi. O ministério das Relações Exteriores da Síria expressou sua solidariedade com a Venezuela e com Maduro, condenando a interferência dos Estados Unidos.

O Partido Comunista da Índia também criticou esta intervenção e exortou os povos do mundo a mostrar solidariedade ao povo venezuelano. O Partido Comunista Francês e organizações sociais como o Círculo Bolivariano de Paris e o Coletivo ALBA-TCP França, a Frente Guasu do Paraguai e a esquerda alemã fizeram o mesmo.

Evo Morales pronunciou-se em sua conta no Twitter: «Nossa solidariedade com o povo venezuelano e o irmão Nicolás Maduro, nestas horas decisivas em que as farpas do imperialismo buscam novamente ferir de morte a democracia e a autodeterminação dos povos da América do Sul. Nunca mais vamos ser o quintal dos EUA». Também o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, manifestou seu apoio e respaldo frente aos ataques da oposição venezuelana.

O porta-voz da secretaria das Relações Exteriores do México anunciou que o governo do presidente Andrés Manuel López Obrador não prevê mudanças em sua política exterior relativamente à Venezuela e reconhece Nicolás Maduro como presidente legítimo.

Da Rússia, o senador do Conselho da Federação desse país, Andréi Klímov, assegurou que o governo do presidente Vladimir Putin não prevê nenhuma mudança na política exterior do Kremlin a respeito da Venezuela.

A Frente Brasil Popular que reúne um grupo de organizações políticas ofereceu seu apoio mediante as redes sociais, enquanto que outros agrupamentos se reuniram na embaixada da Venezuela em Bulgária para externar sua solidariedade ao povo dessa nação e ao seu legítimo presidente.

Os EUA pediram ao Conselho de Segurança da ONU que se reunisse em 25 de janeiro, para discutir a situação na Venezuela. Esse chamado é, além do ridículo, é hipócrita, porque o convocador é o que provocou o que está acontecendo na nação bolivariana, organizado a partir da cadeira do seu presidente, com seus mais altos cargos como executores da ordem de golpe.

As redes sociais foram inundadas com memes imperdíveis sobre isso, em franca denúncia da interferência da administração Trump. Um deles diz:

«Você quer ser presidente sem passar por uma eleição popular desconfortável, ligue para 1 800 Mike Pence, garantia no momento».

(Granma)

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