Em 10 de julho, realizou-se em Washington a quarta reunião entre as autoridades dos órgãos de fiscalização e cumprimento da lei cubana e dos Estados Unidos. A reunião foi uma continuação da realizada na mesma cidade, em 15 de setembro de 2017.
O objetivo desses intercâmbios é coordenar a cooperação bilateral em matéria de aplicação da lei e avançar no enfrentamento de diferentes flagelos que constituem uma ameaça à segurança dos dois países, como o terrorismo, o tráfico ilícito de drogas e de pessoas, o cibercrime e outros delitos.
O encontro aconteceu em clima de respeito e profissionalismo. Ao analisar os intercâmbios nas diferentes áreas de segurança, a parte cubana se referiu aos resultados concretos dessa cooperação bilateral, que permitiu a prevenção de crimes e a condenação de infratores da lei. Também se referiu às informações e pedidos de cooperação aguardando resposta do lado dos EUA, para continuar progredindo dentro da estrutura deste mecanismo.
A delegação de Cuba pediu ao governo dos EUA para desistir de manipulação política continuada dos alegados casos de saúde que se tornaram um pretexto para a adoção de novas medidas unilaterais que afetam o funcionamento das respectivas embaixadas, incluindo a prestação de serviços consulares, dos quais dependem centenas de milhares de pessoas.
Depois de mais de um ano de investigações de agências especializadas e de especialistas de Cuba e dos Estados Unidos, confirma-se que não há provas, ou hipóteses credíveis, ou conclusões vinculadas à ciência que justifiquem as ações tomadas pelo governo dos Estados Unidos contra Cuba em detrimento das relações bilaterais. O próprio secretário do Estado afirmou, em 5 de junho, que «a natureza dos danos sofridos pelo pessoal afetado não foi estabelecida, ou se há uma causa comum para todos os casos».
A delegação cubana reiterou seu compromisso inabalável de cooperar com as autoridades dos Estados Unidos para obter esclarecimentos sobre essa situação. Garantir a saúde e a segurança de cubanos e cidadãos estrangeiros tem sido, é e será uma prioridade do governo de Cuba.
Ambas as partes concordaram em dar continuidade a esse diálogo e manter a realização de reuniões técnicas entre as agências de implementação e cumprimento da lei dos dois países para materializar a cooperação bilateral.
A delegação cubana foi composta por representantes dos Ministérios do Interior, das Relações Exteriores e da Justiça, o gabinete do Procurador Geral e a Alfândega Geral da República. A parte norte-americana foi composta por representantes dos departamentos de Segurança Interna, Justiça e do Estado.
(Granma)