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Rússia anuncia relação de funcionários estadunidenses indesejados

A Rússia ratificou hoje a elaboração de uma relação de funcionários públicos estadunidenses indesejados neste país, em uma resposta simétrica à chamada lista de Magnitski, apresentada pelo Departamento de Estado norte-americano.

Entre os estadunidenses que carecerão do direito de visto para ingressar à Rússia, figuram aqueles unidos ao crimes na esfera humanitária, declarou o porta-voz oficial da Chancelaria russa, Alexander Lukashevich.

Meios de imprensa recordam que Serguei Magnitski, um advogado que trabalhava para a fundação Heritage, morreu em dezembro de 2009 na prisão da capital Matroskaya Tishina, após várias semanas doente, depois de ser acusado de desvio de dinheiro.

O porta-voz indicou que a relação inclui aqueles que realizaram ações ilegais contra cidadãos russos nos Estados Unidos e aos que participaram nos sequestros e humilhações contra eles.

As ações de Washington aparecem mais cínicas ainda no meio de sua legalização das torturas e prisões secretas, bem como o sequestro e abuso de pessoas suspeitas de atividades terroristas, disse Lukashevich.

Ademais, recordou as detenções sem limite de tempo dos presos na ilegal base naval estadunidense na baía de Guantánamo, no leste de Cuba.

O porta-voz oficial do Ministério do Exterior também se referiu aos assassinatos sem investigação cometidos por tropas norte-americanas entre a população civil no Iraque e Afeganistão.

A lista de 60 pessoas apresentada pelo senador norte-americano Benjamín Kardin inclui ao chefe do Comitê de Investigação da Rússia, Alexander Bastrikin, ao vicefiscal-geral Viktor Grin, e à presidenta do Tribunal de Moscou, Olga Egorova, entre outros.

Segundo Viktor Burobin, advogado do russo Serguei Buta, detido na Tailândia e levado aos Estados Unidos para ser julgado por suposto tráfico de armas, a relação russa de indesejados pode incluir três oficiais do DEA implicados nessa detenção.

Lukashevich absteve-se de revelar o conteúdo da lista dos estadunidenses que terão vedada sua entrada neste país e só afirmou que essa relação poderia se ampliar em caso de mais provocações políticas da Casa Branca.

(Prensa Latina)

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