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Incerta situação na Líbia enquanto Ocidente administra botim

Combates esporádicos e informes contraditórios sobre o meio mais próximo a Muamar Kadafi mantêm incerta hoje a situação na Líbia, cujos habitantes continuam esperando uma conferência em Paris dos chamados amigos deste país.

Porta-vozes dos rebeldes que combatem contra Kadafi destacaram que nesta capital e em localidades do interior se registram choques entre opositores e leais ao agora elusivo líder, de que se especulou nas últimas horas que está na cidade de Bani Walid.

Simultaneamente das escaramuças ocasionas, prevalece o assédio dos rebeldes com apoio da aviação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre Sirte, cidade natal de Kadafi situada ao oriente de Trípoli.

Por outro lado, o vice-chefe do Conselho Militar para os combatentes, Mahdi Harati, confirmou que forças insurgentes prenderam na quarta-feira ao chanceler líbio, Abdelati Obeidi, em sua fazenda de Janzour, um subúrbio ao oeste da capital.

Os rebeldes também capturaram Abdallah Hijazi, considerado um próximo colaborador do governo agora em desintegração, segundo a mesma fonte do opositor Conselho Nacional de Transição (CNT).

Segundo as informações, sempre sem verificação independente, os sublevados asseguraram ter abatido a Khamis Kadafi, filho do governante e comandante de uma das brigadas outrora mais potentes do país, bem como ao chefe de inteligência Abdulah Senussi.

Um porta-voz do CNT apontou, ademais, que sustentou negociações com Saadi Kadafi, outro ramo do evadido mandatário, para definir as condições de uma rendição, ainda que o porta-voz do governo, Moussa Ibrahim, destacou que se discutiria uma transição política.

Enquanto os rebeldes referiram-se a Saadi diante de canais televisivos árabes como favorável a um arranjo e que “não tem problemas” com os opositores, aludiram a seu irmão Saif Islã como beligerante.

Saif, que atuou como porta-voz de seu pai desde o início da revolta de 17 de fevereiro, prometeu em uma mensagem de áudio combater e manter a resistência, depois de afirmar que contam com mais de 20 mil jovens armados e que “o líder (Kadafi) está bem”.

Enquanto, líderes de potências mundiais e países árabes envolvidos na agressão da OTAN contra Líbia realizaram nesta quinta-feira na capital francesa para desenhar o cenário da reconstrução em uma hipotética era pós-Kadafi.

À margem de decisões políticas, analistas sustentam que o principal propósito da cita parisina é fixar quotas de ganhos econômicos nos setores petroleiro, construção e indústria, a partir de dívidas e compromissos assumidos pelo CNT.

(Prensa Latina)

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