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Busca por soluções da ciência aos problemas da água

Agua obras PalatinoO primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, manteve um novo diálogo com gestores, especialistas e cientistas, desta vez relacionado aos recursos hidráulicos, setor que necessariamente requer também o emprego de ciência para resolver problemas, especialmente nas comunidades

«Não queremos qualquer ciência, nem qualquer inovação. O que queremos é que, dependendo dos problemas do país, nos voltemos para a pesquisa científica; às melhores experiências; trabalhar com os especialistas; para diálogos de vários níveis; à promoção das relações entre governos, organizações, entidades, o setor produtivo de bens e serviços, a administração pública e os territórios, com o setor do conhecimento, a fim de desenvolver uma forma de fazer que nos permita encontrar soluções na ciência».

Foi assim que considerou o primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, na quinta-feira, 29 de abril, em um novo diálogo com gestores, especialistas e cientistas, desta vez relacionado com os recursos hidráulicos, setor que , necessariamente, requer também o uso da ciência para resolver problemas, principalmente nas comunidades.

E a complexidade desses problemas, reconheceu, nos leva a ações abrangentes, pois «nada se resolve a partir de um único conhecimento, nem de uma única perspectiva». Daí sua insistência em trabalhar com as diferentes disciplinas e setores interligados.

Com especial destaque, comentou sobre a prioridade que deve ser atribuída à formação do potencial humano, questão que, reconheceu, está muito bem identificada pelo Instituto Nacional dos Recursos Hidráulicos. Não é fazer doutorado em nenhuma disciplina, «é fazer doutorado e mestrado nos problemas que existem. Assim, melhores soluções serão encontradas e todos avançarão: a instituição avança e as pessoas em sua formação», refletiu o presidente da República.

«Reforçar esta questão é fundamental para responder, a partir do conhecimento, às demandas existentes, tanto a nível setorial como territorial, e promover a ciência e a inovação», afirmou.

«São todos temas muito desafiadores», reconheceu, «que inevitavelmente devem ser trabalhados com maior intenção nos territórios; precisamos que avancem, portanto, uma projeção importante do Instituto tem que se basear nos territórios».

«Se o território se desenvolve, a província se desenvolve, e se a província se desenvolve, o país se desenvolve», frisou.

«Onde primeiro temos que buscar a eficiência no uso dos recursos é nas localidades, e nisso a ciência e a inovação são pilares essenciais», avaliou.

Como elementos básicos a desenvolver também no setor, destacou a informatização e automatização de processos, visto que temos que aspirar a ter tecnologias econômicas e eficientes que deem qualidade de vida ao nosso povo.

Nesse setor, reconheceu, «é valorizado que haja compreensão sobre a importância dessas questões e vontade de continuar a fazê-lo. Vocês pesquisaram e inovaram, agora têm que ir para um patamar superior», destacou.

INOVAR DE E A PARTIR DO ÂMBITO LOCAL

Desde a sua fundação, em 1962, o Instituto Nacional dos Recursos Hidráulicos (INRH), promovido pelas ideias do Comandante-em-chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz, foi concebido com um amplo perfil de pesquisas, a partir do qual se projetou a construção de barragens, sistemas de desvio, canais mestre, aquedutos e sistemas de esgoto, bem como áreas de irrigação e drenagem.

Este compromisso, que tem se mantido continuamente no setor, tem levado, em diversos momentos, a buscar novas formas de fazer as coisas relacionadas à ciência e à pesquisa, o que foi destacado no encontro, conduzido pela primeira vice-ministra Inés María Chapman Waugh, e contou com a participação do membro do Bureau Político e primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz.

«Prova disso», explicou o presidente do Instituto Nacional dos Recursos Hidráulicos, Antonio Rodríguez Rodríguez, «são as mais de 11 mil inovações que foram desenvolvidas em diversos temas nos últimos dez anos, promovendo economia de recursos, substituição de importações, melhorias na qualidade do padrão de vida da população e a preservação do meio ambiente».

No entanto, no intercâmbio com o chefe de Estado, Rodríguez Rodríguez reconheceu que existe um distanciamento entre a busca de soluções para os problemas e o setor do conhecimento, aspecto que se pretende alterar a partir da aplicação do novo sistema de gestão integrado da ciência, tecnologia e inovação.

Esse modelo de gestão, explicou, «está baseado no Programa Integral de Desenvolvimento Hidráulico até 2030 e tem entre seus objetivos desenvolver e sustentar a infraestrutura hidráulica do país com base no acesso, contabilidade, eficiência e qualidade da água; otimizar o uso integrado da água com base em seu uso racional, produtivo e na proteção da sua qualidade e do meio ambiente; solicitar, expandir e manter os serviços de água potável e saneamento, com foco em administrá-los com segurança e melhorar a eficácia da agência como autoridade nacional para uma governança eficaz da água».

Como elemento essencial em tudo o que o Instituto se propõe realizar, seu presidente destacou a ênfase dada ao desenvolvimento local, já que não há cidade que não precise de água e saneamento, e solucionar os diversos problemas que tratam dessas questões está associada, também, ao uso da ciência.

«Não basta pensar, a partir da nação, como resolver os problemas. É preciso ver como, a partir do município, são propostas soluções para construir, a partir do local, projetos de desenvolvimento».

Motivados pela análise, vários participantes também refletiram sobre os temas que deveriam ser promovidos para acompanhar a implementação deste novo modelo de gestão. Nesse sentido, foi enfatizada a necessidade de desenvolver e fortalecer o conselho técnico consultivo; promover a formação e capacitação de capital humano; aproximar os empresários das universidades e centros de pesquisa, e ser mais proativos, de forma a se antecipar aos problemas do setor, e agir de acordo com isso.

(Tirado de Granma)

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