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Cuba pede para prevenir incidentes trágicos como consequência da migração irregular

declaracion minrexDeclaração do Ministério das Relações Exteriores

Em 2 de março de 2021, ocorreu uma saída do país pelo litoral norte da província de Villa Clara, organizada a partir dos Estados Unidos, por meio de uma lancha para o tráfico de pessoas. Os participantes, todos cubanos, incluindo mulheres e crianças, foram conduzidos pelos traficantes a uma ilhota inóspita e desabitada do banco de sal nas Bahamas. O fato foi comunicado em tempo real pelas tropas da Guarda da Fronteira de Cuba à Guarda Costeira dos Estados Unidos.

Posteriormente, nessa mesma ilhota, foram recolhidos por uma segunda lancha, também procedente dos Estados Unidos e com matrícula do Estado da Flórida, com o intuito de os introduzir no território dos Estados Unidos. No dia 4 de março, a três milhas náuticas de Cayo Sal, nas Bahamas, o barco capotou e as pessoas ficaram mais de 14 horas na água. Os náufragos foram resgatados por um navio da Real Força de Defesa das Bahamas (12 pessoas vivas e um cadáver). De acordo com dados preliminares das autoridades das Bahamas, estima-se que vários estão desaparecidos, incluindo mulheres e duas crianças.

As unidades das Tropas da Guarda da Fronteira, ao tomar conhecimento deste grave incidente, designaram um navio, com o apoio de uma aeronave da Força Aérea Revolucionária, para realizar a busca e foi detectada a lancha com o registro da Flórida, que havia flutuado rumo ao território cubano.

Com a melhoria das condições meteorológicas, as autoridades cubanas continuarão os trabalhos de busca naval e aérea com unidades de superfície e aeronaves na costa norte das províncias de Matanzas e Villa Clara, com o apoio de instituições e embarcações privadas.

As autoridades cubanas conseguiram estabelecer que um indivíduo devolvido a Cuba pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, em 6 de março, como suposto emigrante, é um dos barqueiros envolvidos nesta operação de tráfico de pessoas e está sob processo judicial em Cuba. As investigações continuam para esclarecer totalmente este infeliz acontecimento.

Tal como nosso povo sabe, entre os fatores que constituem incentivos à migração irregular estão a suspensão do processamento e concessão de vistos de imigrantes e não imigrantes no Consulado dos Estados Unidos em Havana e a transferência desses procedimentos a terceiros países, bem como a validade da Lei de Ajuste Cubano de 1966.

Também é violado o compromisso dos Estados Unidos de garantir a migração legal de Cuba para esse país de um mínimo de 20 mil cubanos por ano.

O Governo cubano continuará trabalhando para prevenir a migração irregular, insegura e desordenada, para prevenir saídas arriscadas que põem em perigo a vida humana e para lutar contra os atos de violência associados a este fenômeno e crimes relacionados, como o tráfico de pessoas.

Cuba pede que sejam tomadas todas as medidas para prevenir as trágicas consequências da emigração irregular, ratifica seu compromisso com a Declaração Conjunta assinada entre Cuba e os Estados Unidos, em 12 de janeiro de 2017, sobre questões migratórias, e reafirma que cumpre estritamente com suas obrigações derivadas desse acordo.

Havana, 11 de março de 2021

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