É nesse espaço íntimo de diálogo com a nossa consciência, na definição daquilo que não queremos abrir mão, onde se ergue o nosso brado de Pátria ou Morte! Porque um verdadeiro cubano, no fundo, não é nada sem sua pátria; porque sem ela, mesmo respirando, ele estará morto; é por isso que prefere dar a vida primeiro, antes de permitir que alguém a ofenda ou a desrespeite.
O ser humano tem muitos caminhos como parte da livre vontade que acompanha sua existência, embora seja indiscutível que o meio ao seu redor e as circunstâncias exercem influência no «como» ou o «por quê», cada pessoa determina o rumo de sua vida.
Com o passar dos anos, vamos adquirindo capacidade de decisão, de discernimento, porque com a maturidade também vem a segurança e os passos mais firmes na construção do nosso destino, na definição do homem ou mulher que queremos ser.
Dada a nossa condição de ser social, tudo isso acontece concomitantemente a um processo de apropriação de ideais, de comportamentos que também se enredam no comportamento coletivo, de princípios que abraçamos, de valores que crescem e se fortalecem, na medida em que o consideramos essencial para construir nossa personalidade.
Por isso, há em cada um de nós uma simbiose inegável entre o indivíduo e o ser social, especialmente se nesse macroambiente existem, para cada um, sem distinção: respeito, esperança, dignidade e garantia de futuro. Quando essas condições são combinadas, elas vêm com o orgulho de fazer parte do que é justo, do que enobrece, e de contribuir, desde o mais humilde esforço pessoal, para a preservação de tão inestimáveis privilégios.
E se aprendemos a ser sãos, nossa postura será sempre construtiva, sem vendas, para reparar com o tempo o que pode rachar naquele ambiente, porque sabemos que vale a pena e que todo trabalho humano é perfectível; porque reconhecemos que as manchas não são suficientes para apagar tanta luz e, portanto, nos recusamos terminantemente a parar de alimentar a chama redentora que nos fornece.
Então cresce o compromisso individual com aquilo que é, ao mesmo tempo, de todos, e o desejo de defendê-lo torna-se um patrimônio, uma tradição, porque esse manto que nos envolve e nos dignifica se chama Pátria, nossa Pátria, e a história dos laços que nos prendem a ela falam de reciprocidade, porque o que demos foi tanto quanto ela nos retribuiu.
É precisamente aí, nesse espaço íntimo de diálogo com a nossa própria consciência, na definição daquilo que não queremos renunciar, onde se encontra o nosso brado de Pátria ou a Morte! Porque um verdadeiro cubano, no fundo, não é nada sem sua pátria; porque sem ela, mesmo respirando, ele estará morto. Por isso ela prefere dar a vida antes de deixar que alguém a envelheça ou a desrespeite, pois além da dureza dos tempos e dos obstáculos que colocam suas convicções à prova, ele sempre a verá como lugar para o sacrifício e, nunca, como um pedestal maltratado e indigno.
(Tirado de Granma)