Cuba realizou 510 cirurgias de implante coclear, principalmente na população pediátrica, para o tratamento da surdez severa profunda, desde a primeira intervenção deste tipo realizada em 1997, destacou em 25 de fevereiro o site do ministério da Saúde Pública.
A drª Sandra Bermejo Guerra, especialista em Otorrinolaringologia, fonoaudióloga e chefa do Serviço de Especialização em Cirurgia de Ouvido Complexo e Implante Coclear do Hospital Pediátrico Universitário Borrás-Marfán, ressaltou que os pacientes vêm de todo o país.
Feita a detecção e o diagnóstico da perda auditiva, e determinada a necessidade de implante da prótese, dá-se o procedimento cirúrgico que – explicou a médica – consiste em colocar o dispositivo interno e inserir um feixe de eletrodos na cóclea, que permitirá a transmissão do som diretamente ao nervo auditivo e, consequentemente, ao cérebro. É uma cirurgia delicada e o aparelho será acionado entre uma e quatro semanas após a intervenção, dependendo da evolução do paciente.
Em Cuba, de uma a três crianças em cada mil nascidas vivas podem ter surdez severa profunda e, dessas, apenas 30% necessitariam de implante coclear. Mesmo assim, este programa nacional é um dos priorizados pelo Estado cubano.
A doutora Bermejo Guerra destacou que 50% dessa surdez é detectável ao nascimento, mas existem outras causas que podem ser genéticas ou condicionadas por infecções, reação a determinados medicamentos ou doenças como a meningoencefalite.
Inicialmente, o implante coclear em Cuba foi colocado apenas em adultos, até 2001, quando seu uso foi estendido às crianças.
(Tirado de Granma)