A unidade para solucionar os problemas da região, no contexto da Covid-19, e o reconhecimento ao trabalho de Cuba durante a sua presidência, destacaram como o mais relevante, durante a inauguração, na segunda-feira, 26 de outubro, do 38º período de sessões da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), efetuado de maneira virtual.
No ato de entrega formal da presidência pro tempore à Costa Rica o presidente cubano Miguel Díaz-Canel instou à cooperação e ao respeito pelo multilateralismo em prol de atingir o desenvolvimento sustentável e eliminar a desigualdade na América Latina e o Caribe.
O presidente da Ilha maior das Antilhas expressou que persiste aquilo que qualificou de vergonhoso estado de desigualdade econômica e social, entre as nações e no âmbito interno de cada país, o qual repercute no econômico e social e, em consequência, tem grandes impactos ambientais. Nesse sentido, o chefe de Estado fez um apelo a adotar políticas integrais e sustentáveis, e fomentar a cooperação e o acesso aos recursos.
De acordo com essas palavras, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antônio Guterres, exortou a colaboração entre as nações «como a única tábua de salvação em um mundo pós-Covid-19». Elogiou o mandado de Cuba, país do qual, disse, teve a chance de acompanhar a sua atuação, ao visitar Havana, em 2018, quando a Ilha assumiu essa responsabilidade.
Alicia Bárcena, secretária executiva da Cepal, ponderou essa liderança, apoio e colaboração e precisou que Cuba colocou o multilateralismo, a cooperação internacional, a integração e o desenvolvimento sustentável no centro das propostas da Cepal para a região.
Ao assumir a presidência pro tempore, o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado, não somente reconheceu o que foi realizado por Cuba, mas também citou o Herói Nacional da Ilha, em face dos desafios presentes e futuros: «A melhor maneira de dizer é fazer», enfatizou. «Assumimos esta presidência com muito entusiasmo e estamos comprometidos a cumprir o mandado da Cepal, considerando os princípios da cooperação internacional, solidariedade e promoção dos direitos humanos, sem deixar ninguém atrás», noticiou a Prensa Latina.