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Estima-se que a economia cubana em 2019 não diminua: mais uma vitória contra o bloqueio dos EUA

motos venta«EM meio às limitações, e graças aos esforços de nosso povo, estima-se que a economia cubana não diminua em 2019, o que é uma prova da capacidade de resistência e das reservas internas que temos», disse Alejandro Gil Fernández, ministro da Economia e Planejamento, informando os deputados sobre o comportamento dos indicadores econômicos do país em 2019, no 4º Período Ordinário de Sessões da 9ª Legislatura da Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento).

Na presença do presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, o ministro disse que «não é fácil superar o impacto do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA, mas mesmo que não alcancemos todas as metas planejadas, conseguimos manter os níveis de atividade importante para a economia», precisou.

Afirmou que a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) «afirmou que a desaceleração geral na América Latina e no Caribe persiste, com um crescimento de 0,1%. É esperado um baixo crescimento para o ano de 2020, com uma taxa estimada de 1,3%, em meio a um complexo contexto internacional caracterizado pela piora das tensões comerciais, entre outros fatores».

«Para Cuba», acrescentou, «o ano de 2019 foi marcado pela intensificação do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto ao povo cubano pelo governo dos Estados Unidos por mais de 60 anos, dada a ampla rejeição da comunidade internacional».

Denunciou que, particularmente, o governo dos EUA se propôs impedir a chega do combustível ao país, com o objetivo aberto de sufocar a economia e, assim, causar maiores danos e privações ao nosso povo.

«Dizem que o bloqueio afeta apenas o governo, uma mentira absurda; o bloqueio afeta todo o povo cubano e todos os setores da economia. De fato, o maior impacto sobre a não chegada de navios de cruzeiro está concentrado no setor não estatal».

«Desde abril, estamos enfrentando restrições adicionais com a disponibilidade de combustível, afetando, entre outros, o transporte público, forçando-nos a paralisar temporariamente alguns investimentos e diminuir o ritmo de outros, impactando a agricultura, a produção e a distribuição de alimentos e outras linhas de alta importância econômica e social», afirmou.

O chefe do ministério da Economia e Planejamento (MEP) fez com que diante deste desafio nosso povo respondesse com mais unidade. «Não foram aplicadas medidas neoliberais; nenhuma escola ou hospital foi fechado. Para reduzir o consumo, os preços dos combustíveis e da eletricidade não aumentaram. Ao contrário, fez-se um apelo para salvar e compartilhar, entre todos, o esforço, não apenas para resistir, mas para continuar investindo no desenvolvimento».

Ressaltou que existem muitos problemas nossos a serem resolvidos e que é em nossas mãos que a economia contribui com mais riqueza para o bem-estar de nosso povo, mas quanto mais poderíamos fazer se não fosse pelo bloqueio.

Disse que esses são aspectos que não levam em conta os inimigos e aqueles hipercríticos de tudo o que fazemos, que propõem a aplicação de receitas que não levam em consideração o contexto em que temos que trabalhar.

No entanto, disse que durante o ano foi aprovado um conjunto significativo de medidas ao alcance de nossas mãos, cabe a nós, dentre os quais o aumento salarial esperado no setor orçamentado, que beneficiou mais de 1,4 milhão de trabalhadores, aumentando o salário médio neste setor de 667 para 1.067 pesos; o início das vendas em moedas estrangeiras, para enfrentar, do lado da oferta, a saída de divisas do país e as 28 medidas aprovadas para fortalecer a empresa estatal socialista.

Gil Fernández explicou que as medidas continuarão a ser avaliadas e implementadas, as quais, conforme aprovadas na «atualização de nosso modelo econômico, contribuem para o momento econômico. Para isso, são levadas em consideração as propostas provenientes de importantes conferências realizadas este ano, em particular as da Central dos Trabalhadores de Cuba e a Associação Nacional de Economistas e Contabilistas (ANEC).

MEDIDAS ECONÔMICAS em 2019

Em 2019, 28 novas medidas foram aprovadas para continuar avançando na melhoria da Empresa Socialista do Estado, entre as quais:

- Desenvolver uma instituição financeira, bancária ou não, para promover o desenvolvimento dos negócios, o que garante capital de giro e permite o estabelecimento de esquemas da cadeia produtiva.

- Definir como indicador para avaliar o impacto da medida anterior no setor de Turismo, o índice de importações por dólar de renda.

- Operar esquemas de financiamento fechados no nível da empresa, definindo aqueles que estão em condições de executá-los.

- Expandir o uso do esquema fechado, mantendo o coeficiente aprovado no Plano de Economia.

- Promover pré-financiamento para produções e investimentos, por entidades nacionais. Identificar as potencialidades para o primeiro estágio.

- Permitir que as empresas produtoras de exportação gerenciem diretamente os créditos financeiros ou comerciais, previstos no Plano Econômico, assumindo a responsabilidade pelo retorno. Com a participação do sistema bancário.

- Aplicar o sistema de relações entre empresas estatais, cem por cento das empresas comerciais cubanas e modalidades de investimento estrangeiro, com a Zona de Desenvolvimento Especial Mariel (ZEDM), que permite às empresas reter 50% da moeda das operações comerciais com essas entidades.

- Eliminar as limitações nas relações das empresas com formas de gestão não estatais, condicionando-as ao uso de contas bancárias e à aprovação prévia do mais alto órgão de administração colegiada do nível correspondente (empresa ou unidade básica de negócios). Manter o uso de dinheiro apenas para pagamentos menores, conforme estabelecido. Estabelecer procedimentos que regulem o acima.

- Reduzir os indicadores emitidos no Plano de Economia.

- Estudar e apresentar ao Comitê Executivo do Conselho de Ministros propostas sobre políticas fiscais ou outras que favoreçam as exportações.

- Priorizar a alocação de recursos financeiros e materiais para a indústria nacional, em virtude do aumento da produção para exportação e do atendimento às demandas de bens intermediários das entidades que são tributadas aos exportadores.

- Concentrar os principais esforços no cumprimento das produções direcionadas para garantir a exportação, alimentos, insumos para o turismo, fontes renováveis ​​de energia, programa de informatização e medicamentos.

- Garantir as necessidades básicas da população, principalmente alimentos, produtos de linhas econômicas e combustíveis. Se necessário, importe em excesso os níveis de importação previstos no plano econômico para esses destinos, reduzindo o financiamento de outras atividades.

- Priorizar o turismo, levando em consideração sua importância para o desenvolvimento do país e os esforços e recursos que estão sendo investidos nessa atividade.

- Tornar o planejamento mais flexível, mantendo sua direção centralizada.

PLANO DE ECONOMIA:

FOLHA DE ROTAS PARA 2020

O ministro da Economia e Planejamento afirmou que, com os recursos alocados aos diferentes setores da economia, é esperado um crescimento do Produto Interno Bruto até 2020, a preços constantes, em torno de 1%, coincidindo com o projetado para a primeira etapa do Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social até 2030.

«Esse crescimento é ajustado aos nossos recursos, sem aumentar o endividamento externo do país e exige um grande esforço, disciplina e busca de alternativas, que sempre existem», acrescentou.

Ressaltou que, com os níveis de atividade previstos no plano, o emprego deverá aumentar 0,7%, atingindo 4.545.200 empregados; deles,

3.099.500 no setor estatal, que representa 68% e 1.445.700 no setor não estatal, para 32%. «Em 2019, houve um aumento de 32.500 empregados na economia; 12.500 no setor estatal e 20.000 no setor não estatal.

(Granma)

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