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Díaz-Canel: Convido você, com forças renovadas, a defender Cuba

canel argA palavra cativante, de uso recorrente, ficou curta na noite desta terça-feira, 10 de dezembro, quando o presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, participou do encontro nesta cidade com parte da comunidade dos cubanos residentes na Argentina, um diálogo já comum em todas as viagens do chefe de Estado.

O encontro começou com as notas do hino de Bayamo, e continuou com a música Me dicen Cuba, de Alexander Abreu, terminando em um encontro entre irmãos que — dentro e fora da Ilha maior das Antilhas — confirmam o tecido sensível dos cubanos: o amor pela sua Pátria. Dessa forma disse Diaz-Canel: «Convido vocês, com forças renovadas, a defender Cuba, porque nós todos somos a Pátria».

Díaz-Canel compartilhou com eles a certeza de que o fortalecimento dos laços entre a Ilha e os cubanos residentes no exterior é contínuo e irreversível, «um espírito que acompanhou as sucessivas atualizações de nossa política de migração em 2013, 2016 e 2018», reafirmou.

«As medidas tomadas durante a presidência do general-de-exército Raúl Castro Ruz e hoje confirmam a continuidade desse processo», confirmou.

Então comentou acerca do aumento anual de cubanos que viajam para o exterior e retornam ao país; como também tem aumentado sistematicamente o número de residentes permanentes cubanos no exterior que solicitam a recuperação de residência permanente no território cubano.

Como exemplo dos laços estreitos que a Ilha maior das Antilhas mantém com os cubanos residentes no exterior, mencionou o bem-sucedido programa de bolsas de estudo para a comunidade cubana no exterior, através do qual seus filhos também se beneficiam. «Até o momento, 124 bolsas foram concedidas em 41 países e 61 estudantes se formaram», disse.

E como a defesa da Pátria também é um compromisso nas reuniões regionais e nacionais de cubanos no exterior, também lhes falou sobre o 4º Encontro Regional de Cubanos residentes na América Latina e no Caribe, realizado nos dias 19 e 20 de outubro na Cidade do México, onde participaram 75 delegados de 13 países.

De maneira especial, significou o que aconteceu «em 2018, quando, pela primeira vez na história da Revolução, ocorreu a participação de cubanos residentes no exterior no debate sobre o esboço da nova Constituição».

«Os 40% das propostas recebidas» — explicou o presidente — foram incluídas no texto aprovado em 24 de fevereiro, que mostra que «o seu pensamento também está presente na Magna Carta».

Díaz-Canel denunciou que entre os principais obstáculos ao fortalecimento dos laços com os cubanos residentes no exterior persiste «a intensificação do bloqueio e as medidas adotadas pelas sucessivas administrações norte-americanas, que dificultam os laços das famílias cubanas e afetam não apenas aos cubanos residentes nos Estados Unidos, mas também aos residentes em países terceiros, como é o caso da Argentina».

Como parte do processo de fortalecimento das relações com os residentes no exterior, o Chefe de Estado aproveitou a reunião para anunciar a celebração da 4ª Conferência da Nação e a Emigração, de 8 a 10 de abril de 2020, em Havana.

Desse modo, disse, «daremos um novo e importante passo em frente em termos de continuar fortalecendo os laços entre Cuba e vocês, continuando com os encontros anteriores que ocorreram em 1994, 1995 e 2004, bem como outras reuniões que também ratificam o compromisso de nossos compatriotas no exterior com a defesa dos princípios da Pátria».

Quando chegou a hora de falar com os cubanos que residem na nação sul-americana, as mãos foram se levantando gradualmente, para superar a inibição e houve momentos tremendamente emocionantes. Lá falou a jovem que lidera o projeto La Colmenita; a garota que dirige uma orquestra de crianças cujo título — não por coincidência — Senso de pertencer; o pedreiro que trouxe poesia nascida de suas mãos ásperas na noite anterior; o cubano que mora em Ushuia, capital da província da Terra do Fogo, conhecida como o fim do mundo, que convidou Díaz-Canel para visitá-lo; a menina natural de Villa Clara, que despertou aplausos quando disse que «Cuba é mestiça e mulher, porque é a mãe de todos nós».

Houve muita conversa no encontro, como nos encontros mais típicos dos cubanos: baile, música, Martí, dança, culinária crioula, economia, o recente programa do governo contra o racismo e discriminação e empoderamento racial das mulheres, duas questões em que Cuba tem muito a mostrar e o mesmo a fazer.

Quando as emoções pareciam intermináveis, o presidente Díaz-Canel terminou a noite com os membros da embaixada cubana na Argentina, aqueles que tornaram isso possível e trabalharam incansavelmente para tornar a visita da delegação da Ilha um sucesso. O presidente afirmou que a visita tem conotação paralela, porque o embaixador Orestes Pérez Pérez encerrou sua missão e iniciou o diplomata Pedro Pablo Prada.

Na reunião, aqueles que trabalham para Cuba a quase 7.000 quilômetros de Havana foram informados sobre a vida na Ilha, aquele pedaço de terra que não entende distâncias quando se trata de amor.

(Granma)

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