É possível enfrentar as mudanças climáticas sem alcançar um consenso social sobre suas causas e consequências? É possível encontrar soluções de países que não percebem seus efeitos e são, em muitas ocasiões, os mesmos responsáveis por esse fenômeno?
Essas questões se concentraram no último dia do Diálogo entre Ciência e Teologia sobre a urgência da justiça climática, a justiça de gênero e a luta contra os fundamentalismos em nosso caminho para uma era sustentável, realizada desde segunda-feira, 25, na capital, com representantes de Cuba, EUA, Brasil e outras nações.
«Cuba já sente o impacto das mudanças climáticas. O aumento da temperatura global foi notável na Ilha», disse a ministra da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Elba Rosa Pérez.
«É por isso que a tarefa de adaptação e mitigação às mudanças climáticas tem sido uma agenda do país», disse. O mais importante é a Tarefa Vida. Com ela, «o país delineou a proteção da vida das pessoas, sua segurança alimentar e as possibilidades de desenvolvimento», afirmou.
O teólogo brasileiro Frei Betto disse: «Não alcançaremos nada se não criarmos uma consciência social. É hora de definirmos soluções a partir do Sul; não do Norte, como geralmente acontece. Quem tem mais senso de urgência, de pedir uma solução realmente sustentável: quem vive na sociedade, que causa as mudanças climáticas, ou quem vive dia após dia com suas consequências?
(Granma)