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Recordes mundiais nos Jogos Pan-americanos

lima 2019 logoSER o melhor do planeta constitui uma distinção e uma honra, alcançada na grande maioria dos casos com uma alta cota de sacrifício e dedicação.

Nos Jogos Pan-americanos, competem duas disciplinas que concedem uma quantidade considerável de medalhas: atletismo e natação. No entanto, o número de recordes mundiais estabelecidos desde o início dos Jogos na Argentina-51 pode ser contado com os dedos. Vamos revê-los antes de inaugurar a décima oitava edição em Lima.

O primeiro foi um brasileiro nascido no Rio de Janeiro, no seio de uma família pobre, que começou a praticar o salto triplo quando tinha apenas 20 anos, sob a direção do técnico alemão Dietrich Gerner. Adhemar Ferreira da Silva fez história no atletismo quando, em 16 de março de 1955, no México, saltou 16,56 metros, deixando para trás a marca do soviético Leonid Sherbakov por 33 centímetros.

Dois dias depois, no mesmo palco do estádio olímpico asteca, o norte-americano Louis Jones cruzou a linha de chegada e desmoronou na pista, depois de ultrapassar seu compatriota James Lea, com um recorde de 45,04 segundos, apagando dos livros o registro mantido pelo jamaicano George Rhoden.

5 DE AGOSTO DE 1971

Data gloriosa para o atletismo cubano em particular e para o esporte em geral. Na tarde de quinta-feira, 5 de agosto de 1971, no estádio Pascual Guerrero, na cidade de Cali, Colômbia, Pedro Pérez Dueñas, um menino de 19 anos, nascido em Pinar del Río, ganhou impulso, fez o pulo e finalmente se esticou até os 17 metros e 40 centímetros, novo recorde mundial de salto triplo, apagando por um centímetro o do soviético Victor Saneyev. Ele também derrotou o vice-campeão olímpico do México-68, o brasileiro Nelson Prudêncio.

Pérez Dueñas, morto em Havana no dia 18 de julho do ano passado, formou-se em Medicina do Esporte, tornando-se assim o primeiro recordista mundial em Cuba após o triunfo da Revolução.

O acaso quis que o quarto recorde do mundo imposto no atletismo pan-americano fosse da autoria de outro brasileiro e, também, na difícil modalidade do salto triplo. João Carlos de Oliveira conseguiu atingir 17,89 metros no estádio universitário da Cidade do México.

OUTRO CUBANO

Também prolífico nas marcas é o levantamento de pesos, que teve em Winnipeg-99 um cubano como protagonista principal. Santiago Idalberto Aranda, na época na nova divisão dos 77 quilos, impôs a marca do orbe no arremesso, ao puxar 205,5 kg.

Não poderia ser de outra forma. A natação é a disciplina que atinge o maior número de recordes mundiais nos últimos anos. Um único exemplo seria suficiente: nos quintos jogos, realizados na cidade canadense de Winnipeg, nada menos que 14 recordes mundiais foram implantados!, com destaque para o nadador norte-americano Mark Spitz e sua compatriota Claudia Kolb, o primeiro com dois e ela com três registros globais. Além disso, em Porto Rico-79, outra norte-americana, Cynthia Woodhead, marcou 1m58s43, nos 200 metros livres, outro tempo universal.

ALTO NÍVEL NOS JOGOS PAN-AMERICANOS

Mas não são apenas os recordes mundiais que são capazes de prestigiar e elevar o nível qualitativo de um evento, seja chamado olímpico ou pan-americano. Em Mar del Plata-95, Javier Sotomayor pulou 2,40 metros, apenas cinco abaixo do seu recorde alcançado em Salamanca, dois anos antes.

Sua compatriota Yipsi Moreno conseguiu um recorde impressionante nos Pan-americanos de Santo Domingo-2003, arremessando o martelo até 74,25 metros, um dos maiores feitos de todos os tempos.

O jamaicano Donald Quarrie, na final de 200 metros de Cali-71, marcou um tempo formidável de 19,83 segundos, apenas a três centésimas do recorde mundial de seu compatriota Tommie Smith, na Olimpíada do México-68.

Não há dúvida de que os Pan-americanos — timidamente iniciados na Argentina, há quase sete décadas — tornaram-se um evento internacional de grande relevância, animado por importantes personalidades do esporte mundial.

(Granma)

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