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A amizade de timorenses e cubanos encurta as distâncias

Valdes Mesa TimorAvaliou as relações bilaterais entre os dois países de forma bastante profundas, baseadas na igualdade e no respeito mútuo e exemplificou com os mais de 950 jovens timorenses formados na Escola Latino-Americana de Medicina, que já prestam assistência médica ao seu povo.

Avaliou as relações bilaterais entre os dois países de forma bastante profundas, baseadas na igualdade e no respeito mútuo e exemplificou com os mais de 950 jovens timorenses formados na Escola Latino-Americana de Medicina, que já prestam assistência médica ao seu povo.

«O compromisso assumido pelo líder da Revolução Fidel Castro de preparar mais de mil médicos da ilha asiática será cumprido em breve, porque nas salas de aula cubanas há uma centena deles», reconheceu o diplomata e mencionou que desses centros de ensino superior se formaram pedagogos, técnicos e engenheiros agrônomos, além de outras especialidades, realizando inclusive tarefas de gestão no desenvolvimento econômico de seu país.

Além disso, nesta nação do Sudeste Asiático trabalha uma brigada médica cubana composta por mais de 300 profissionais de saúde, que ajuda a população em locais de difícil acesso e seus resultados são evidentes na qualidade de vida do povo timorense e na melhora dos indicadores de saúde.

«As relações oficiais entre Cuba e Timor Leste começaram por volta de 20 de maio de 2002. Cuba foi o segundo país, depois da China, em reconhecer nossa independência da Indonésia (acontecida na época), mas as relações entre os povos vêm vindo há muitos anos, na fase da luta pela libertação nacional», significou Loro Horta.

Colocou como exemplo pessoal que seus pais participaram do 11º Festival Mundial da Juventude e os Estudantes realizado na Ilha maior das Antilhas, em 1978. «Nos últimos 16 anos, todos os nossos governos defenderam a consistência das relações com Cuba e nós oferecemos nosso apoio na luta contra a injusta política de bloqueio estadunidense», acrescentou.

Também enfatizou que os timorenses mantêm um carinho sincero e muito genuíno pelo Comandante Fidel Castro e quando ocorreu sua morte, em 25 de novembro de 2016, em Timor Leste aconteceram atividades espontâneas para honrar a memória do líder cubano. Missas e lugares de orações funerárias foram organizados nos 13 distritos do país.

«Penso que Fidel Castro marcou a luta pela independência de muitos países do mundo. Nossos jovens se aproximam do pensamento e do trabalho de Ernesto Guevara e parecem muito felizes vestindo roupas que carregam a imagem daquele grande lutador argentino-cubano ou do Comandante-em-chefe. Lá se conhece a contribuição desses líderes para os povos oprimidos do mundo», afirmou o embaixador.

Por ocasião de se realizar em Havana o 43º aniversário da proclamação da República de Timor Leste que derrubou o colonialismo português, em 28 de novembro de 1975, em uma cerimônia foi destacado que essa nação se definiu como anticolonialista e antiimperialista, traçou estratégias para o desenvolvimento econômico que tivesse como centro de atenção o ser humano para o qual consolidou o bem-estar de seus habitantes com o direito à educação, à saúde e à vida plena, fomentando sua cultura a partir desses objetivos sociais.

Em seu discurso proferido na sede do Instituto Cubano de Amizade com os Povos, o embaixador asseverou que a cooperação entre os dois governos e povos vai continuar porque seu país foi devastado em toda sua infraestrutura depois da luta pela libertação nacional do território e Cuba foi capaz de fornecer uma cooperação importante.

«Conseguimos alguns eventos importantes em nossa história como país independente, o que nos dá grande orgulho para mostrar ao mundo. Neste momento, temos um dos mais altos níveis de médicos por habitante, no número de um em cada 1.300 habitantes, um dos mais altos no continente asiático», reafirmou o diplomata.

Igualmente, têm as taxas mais baixas de criminalidade da Ásia e conseguiram alguns aspectos positivos no desenvolvimento econômico, mas precisam superar muitas dificuldades, como proporcionar mais empregos para os jovens, acrescentou em seu discurso.

Suas palavras concluíram afirmando que ambos os países continuarão a contribuindo para a paz e a soberania dos povos: «Esperamos que a amizade entre Cuba e Timor Leste permaneça muito profunda e próxima por muitas gerações», afirmou.

(Granma)

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