A nível mundial comemora-se hoje o Dia Internacional da Educação Intercultural Bilingüe, iniciativa que reconhece os dialetos e identidades dos povos indígenas, da qual o Governo da Venezuela é pioneiro em seu desenvolvimento.
Depois da aprovação da Constituição da República Bolivariana da Venezuela em 1999, auspiciada pelo comandante Hugo Chávez, admitiu-se o direito das comunidades originárias a sua identidade, língua e manifestações culturais próprias.
Para os anos 70 o projeto de educação intercultural bilingüe teve muitas críticas como pretendia-se catequizar às populações indígenas, sobre as quais se procurou impor o modelo cultural predominante na região.
Gradualmente, introduziram-se mudanças na aplicação deste conceito dentro da educação pública venezuelana.
De ali que a nação sul-americana se converteu em pioneira nesta matéria, ao oferecer espaços para a formação em seus próprios idiomas nas comunidades das 44 etnias indígenas que cohabitan em solo bolivariano.
A educação intercultural bilingüe permite manter viva a língua e as culturas ancestrais e por sua vez ajuda a que os meninos adquiram maiores conhecimentos por tomar como ponto de partida as essências do idioma que melhor compreendem.
O Ministério da Educação venezuelano potencializa o programa de educação intercultural bilingüe e para isso profissionaliza os docentes e desenvolve a pertinência cultural da escola no contexto indígena.
A política governamental venezuelana para o setor educacional indígena é apoiada pelo Fundo das Nações Unidas para a infância (Unicef), que incide diretamente nos estados de Zulia e Amazonas onde se concentram as maiores comunidades originárias.
O acompanhamento do organismo internacional compreende diferentes níveis educativos, e parte da educação indígena própria, que milenarmente permitiu a transmissão da cultura por gerações.
(Prensa Latina)