Cuba foi eleita para ocupar a vice-presidência de um grupo de luta contra a dopagem da Unesco, um reconhecimento aos resultados do país neste âmbito, declarou hoje o especialista Víctor Cabrera Oliva.
Em entrevista com a Prensa Latina, o especialista do Instituto de Medicina Esportiva explicou que Cuba, Marrocos e outros três países integram a partir de agora o grupo especializado, encarregado de contribuir neste assunto essencial para a prática do esporte no mundo.
Cabrera Oliva assistiu nesta semana a uma reunião realizada na sede parisina dessa organização de Nações Unidas, com a participação além do Comitê Olímpico Internacional e da Agência Mundial Antidopagem.
O especialista destacou que Cuba sobressai como um dos países de maior cumprimento da Convenção Internacional de Luta contra a dopagem, pois ‘para nós isto não concerne somente a uma federação esportiva ou a uma associação, mas que é uma questão estatal’.
Em consequência, o país outorga uma alta prioridade ao assunto, com numerosas ações e projetos promovidos pelo Programa Nacional Cubano Antidopagem.
De acordo com as declarações do especialista, o país aplica um enfoque preventivo e de educação, baseado em sensibilizar aos atletas e à população em geral para que não caiam nessa armadilha.
Neste sentido, acrescentou que tal como o afirma a Unesco, a luta contra o dopagem vai para além do âmbito esportivo e concerne a toda a cidadania.
Cabrera Oliva explicou que um de seus últimos trabalhos esteve focado em adolescentes e jovens de escolas secundárias, pré-universitarios e universidades, que por razões estéticas podem chegar a usar substâncias anabólicas para potencializar sua musculatura.
Para contribuir à prevenção do fenômeno, acrescentou, é necessário que estes rapazes conheçam os muitos efeitos a curto, médio e longo prazo dessas substâncias, que podem provocar afetações como infertilidade, problemas nos rins, fígado, entre outros.
E o mesmo sucede com os atletas, declarou o especialista, e declarou que ainda que um atleta que vá à dopagem e consiga escapar aos controles, ao final não poderá evitar o impacto nocivo em sua saúde.
(Prensa Latina)