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Cuba e Djibouti: expressão de laços fraternais

djibutiO embaixador da República do Djibouti, Nasser Mohamed Ousbo, qualificou as relações bilaterais de excelentes e com alentadoras perspectivas.

Segundo a entrevista oferecida ao semanário Granma Internacional em Havana, o diplomata assinalou que existem inúmeros acordos entre as duas nações, que datam do mesmo começo do estabelecimento dos nexos diplomáticos, em 1998, nos ramos da saúde, educação, esportes e engenharia.

A partir de 2002, centenas de cubanos trabalham no território do Djibouti, localizado no Corno da África, com limites com a Eritreia, Etiópia e a Somália, somando uma população inferior a um milhão de habitantes e uma economia dedicada à atividade portuária, fundamentalmente.

«Desde essa data até hoje, 110 jovens djibutienses graduaram-se nas universidades cubanas, 63 deles como médicos. Atualmente, outros 19 estudam outras carreiras», assinalou o embaixador. E significou: ao passo que as autoridades cubanas privilegiam a solidariedade no relacionamento entre ambos os países, no Djibouti temos a presença de muitas potências capitalistas, com um interesse totalmente econômico».

Destacou o trabalho de mérito desenvolvido pelos combatentes internacionalistas da Ilha maior das Antilhas na guerra pela libertação no chamado ‘Continente Negro’, a qual contribuiu para a independência de várias nações desse recanto do mundo, bem como à eliminação do oprobrioso regime racista do apartheid na África do Sul.

Mohamed Ousbo acrescentou que seu país é um dos mais beneficiados com a ajuda cubana, pois 88 médicos especialistas, seis treinadores de alto nível e vários profissionais do setor da agricultura e os recursos hidráulicos conseguem resultados alentadores para o desenvolvimento do Djibouti.

A esse respeito significou: «Quando os cooperantes estão de férias ou terminam o traba-lho, o povo escreve suas opiniões nas redes sociais agradecendo o gesto pelo trabalho realizado e pedindo a chegada de mais profissionais da Ilha. Cada djibutiense sente muito carinho por seus médicos e seus treinadores cubanos».

Destacou, também, que esses médicos ajudam a continuar melhorando os índices sanitários, a diminuição da demora para as cirurgias ou para uma consulta. Por outro lado, no setor esportivo, conseguiram-se medalhas nos eventos internacionais com atletas treinados pelos técnicos cubanos.

«Para nós, esses cooperantes são pessoas muito valorizadas e insubstituíveis», asseverou.

Os nexos mútuos caracterizam-se, também, pela troca de delegações de alto nível a Djibouti. O embaixador lembrou a visita do chanceler Bruno Rodríguez Parrilla, do presidente do Parlamento, Esteban Lazo Hernández, e do ministro da Saúde Pública, Roberto Morales Ojeda e de outros funcionários cubanos a essa nação africana.

Manifestou que seu governo rejeita o injusto bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba; e demanda a devolução à Ilha do território ocupado pela Base Naval de Guantánamo que permanece em poder do governo americano.

Acerca do desenvolvimento econômico atingido em seu país, disse que ia devagar, porque há só 40 anos o país tirou o jugo colonial francês. Carece de recursos naturais, mas o beneficia sua estratégica colocação geográfica no mar Verme-lho e no golfo de Aden, o que o converte em uma entrada natural a caminho do oceano Índico.

«Nossos portos — assinalou — realizam uma troca comercial dos países asiáticos com o Ocidente. Temos uma economia basicamente de serviços, norteada à atividade da zona franca e o transporte por navios. Isso constitui o pulmão essencial das relações econômicas no Djibouti».

Hoje, o Produto Interno Bruto desse país anualmente cresce em uma média de 5% anual e aposta no desenvolvimento através da construção de uma zona franca industrial, patrocinada pela China, em uma superfície terrestre de 4,8 hectares. Também constroem seis portos e três grandes aeroportos.

Suas aspirações são tornar-se um centro financeiro importante e em um ponto de telecomunicações e Internet de alta velocidade na região, além de explorar as potencialidades turísticas, valorizadas nas magníficas costas de um mar cálido. Isso explica a necessidade de formar os jovens, atrair maior quantidade de investimentos e de formar os recursos humanos altamente qualificados.

A república de Djibouti obteve sua independência, em 27 de junho de 1977 e para comemorar o importante aniversário, realizou várias atividades culturais dentro e fora do país. «Com motivo da efeméride nacional projetamos audiovisuais para lembrar a história, realizamos atividades sociais, workshops de reflexão e eventos», comentou o embaixador.

Às atividades comemorativas se uniu um ato político-cultural, no Instituto Cubano da Amizade com os Povos (ICAP) em Havana, com a presença de diretivos e funcionários do Ministério das Relações Exteriores, líderes cubanos e estudantes djibutienses.

Nesse encontro, o embaixador expressou seu apoio à Revolução, especialmente às mudanças econômicas impulsionadas pelos últimos congressos do Partido Comunista de Cuba e asseverou: «Meu país, nos organismos internacionais, sempre apoia o combate pelo respeito à soberania e o direito internacional e o continuará fazendo ao lado de Cuba».

(Granma)

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