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FIHAV 2016: procurando mais e melhores parceiros

japon feria habanaDURANTE a abertura da 34ª edição da Feira Internacional de Havana (Fihav 2016), o titular do Ministério do Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro (Mincex), Rodrigo Malmierca, salientou a necessidade de contar com parceiros sérios capazes e comprometidos com Cuba.

Tal é o caso da Espanha, Rússia, França, Itália e Japão que, aliás, aumentaram significativamente sua participação na mais importante bolsa comercial do Caribe.

Espanha é, novamente, o país mais representado na Fihav, com mais de 150 empresas, 39 das quais chegam pela primeira vez ao encontro, ocupando cinco pavilhões dos 25 disponíveis no local tradicional da ExpoCuba.

O embaixador da Espanha em Cuba, Juan Francisco Montalbán, referiu-se ao interesse de seu país em se tornar um parceiro comercial fundamental para a Ilha maior das Antilhas, que é, ao mesmo tempo, o quarto maior mercado do país ibérico na América Latina, só precedida pelo México, Brasil e o Chile.

Da mesma forma, o diplomata elogiou o aumento do desenvolvimento do turismo cubano que, sem dúvida, é um motor que move os outros setores da economia. E se referiu, também, às recentes visitas dos presidentes dos governos autônomos de Valência e Múrcia à Ilha, que deram maior ímpeto regional às relações entre os dois países.

Pela parte cubana, a vice-ministra do Mincex, Ileana Nunez explicou que, no final de 2015 a Espanha voltou a ser o terceiro maior parceiro comercial de Cuba. A quantia das trocas comerciais, disse ultrapassa o bilhão de euros, durante quatro anos consecutivos.

O conselheiro-delegado do Instituto Espanhol do Comércio Exterior, Francisco Javier Garzón, ressaltou que desde 2011 houve um aumento de 50% nas exportações da Espanha para a Ilha e foi se renovando a qualidade das entidades presentes na Fihav e que nesta ocasião cobrem uma grande variedade de setores, entre os quais os agrícolas, de alimentos, hotelaria e serviços de logística.

ÁFRICA COM TRÊS NOVAS CREDENCIAIS

Etiópia, Gabão e Tanzânia estreiam na Fihav 2016. No dia de inauguração do encontro de negócios na Ilha coube a primeira apresentação oficial à Etiópia, um país que, tal como Cuba, está em transformação.

Na rodada de negócios que deu as boas-vindas àquele país, Antonio Luis Carricarte, primeiro vice-ministro do Ministério do Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro, agradeceu a presença da Etiópia, um país com o qual Cuba tem trabalhado especialmente no setor da saúde.

Da mesma forma, Carricarte sublinhou que as relações econômicas e comerciais entre os dois países são insignificantes, se olharmos para os laços históricos de luta que unem a nação africana e a Ilha.

Além disso, o embaixador etíope em Cuba, Dawano Kedir Haji, chamou a explorar as possibilidades de cooperação entre os dois países e se referiu, por exemplo, ao desenvolvimento metalúrgico que apresenta o país africano.

Ao concluir a apresentação, os empresários da etíopes e cubanos puderam aprender mais sobre o funcionamento das suas sociedades e economias.

CUBA E RÚSSIA APROFUNDAM COOPERAÇÃO ESTRATÉGICA

Em 31 de outubro, Cuba e a Rússia reafirmaram a vontade de continuar fortalecendo seus laços econômicos e comerciais, durante a inauguração do pavilhão que acolhe a representação de empresas desse país euro-asiático na Feira de Havana.

Desta vez, marcam presença no recinto de feiras da ExpoCuba quase uma dúzia de empresas russas interessadas em investir aqui, a partir das possibilidades oferecidas pela nova Lei do Investimento Estrangeiro.

O vice-ministro da Indústria e Comércio da Federação Russa, Georgy Kalamanov, disse que estava muito feliz de participar de um dos maiores eventos de negócios da América Latina e do Caribe.

Na presença do vice-presidente do Conselho de Ministros e ministro da Economia e Planejamento, Ricardo Cabrisas; do presidente da Câmara do Comércio de Cuba, Orlando Hernandez Guillen e do embaixador de Moscou em Havana, Mikhail Kamynin, o vice-ministro russo sublinhou que seu país contribui com sucesso para a modernização de vários setores importantes para nosso país, como o transporte ferroviário e indústria do açúcar.

O vice-ministro revelou, ainda, suas expectativas de que os empresários russos, nesta edição da Fihav, possam realizar vários acordos.

Enquanto isso, Rodrigo Malmierca sublinhou que nesta ocasião os empresários cubanos e russos examinarão novas oportunidades de negócios, bem como os setores econômicos e atividades nas quais se possam expandir os laços econômicos e comerciais.

Também observou que como resultado das reuniões das comissões governamentais realizadas entre os dois territórios, Moscou deu ao nosso país créditos para a instalação de quatro blocos geradores de energia elétrica e para a expansão e modernização da empresa siderúrgica José Martí, mais conhecida como Antillana de Acero.

Durante o dia, os dois países assinaram, também, um acordo para o fornecimento de equipamentos entre a entidade russa VNIIRA SA (Instituto de Pesquisas de Equipamentos de Rádio) e a empresa nacional Aviaimport, com o objetivo de melhorar os serviços dos aeroportos cubanos. Também assinaram um acordo de cooperação estratégica encaminhado à modernização da indústria açucareira, assinado por representantes das empresas, Azuimport e Ruselprom.

YUTONG COMPROMETIDA COM A ENERGIA VERDE EM CUBA

A amizade entre a China e Cuba tem se expandido aos negócios, que vêem tanto em Pequim como em Havana um parceiro mais confiável. A empresa Yutong aspira a estar na vanguarda na introdução de tecnologias limpas, e trouxe a Havana um modelo de ônibus elétrico que produz zero emissões de gases de efeito estufa.

Com mais de dez anos marcando presença na Ilha, esse gigante automobilístico tornou-se parte da vida cotidiana do povo cubano. Desde sua chegada ao nosso país, cerca de 7 mil dos seus ônibus transportaram todos os dias milhões de pessoas que, de uma forma ou de outra, contribuem para o desenvolvimento socioeconômico do país.

Em sua ânsia de aumentar sua presença e prestígio no mercado interno, Yutong veio a esta edição da Fihav com sete modelos, com destaque para um deles alimentado inteiramente com energia elétrica, o primeiro de seu tipo no país.

Este produto completamente novo nas estradas cubanas é capaz de transportar cerca de 90 passageiros, sentados e em pé. Pode viajar entre 250 e 300 km antes de recarregar a bateria e sua velocidade máxima é de 69 km/h.

O vice-presidente da Yutong, Hu Feng-ju, disse que sua empresa tem estudado as condições específicas do país caribenho e atualmente projeta ônibus para atender às necessidades do mercado cubano. Disse que a empresa está disposta a fornecer todos os ônibus deste tipo que a parte cubana precisar.

Afirmou que a Yutong conhece dos esforços de Cuba para a proteção do meio ambiente e, portanto, o lançamento deste produto aqui tem um significado especial.

Enquanto isso, Enrique Martinez Hernandez, diretor-geral da empresa de produção de ônibus Evelio Prieto, localizada em Guanajay, declarou ao jornal Granma que este modelo vai ser posto em funcionamento em Havana, para identificar suas vantagens e possibilidades, mas não especificou o setor específico.

Acrescentou que nosso país tem a intenção de usar o ônibus com uma visão diferente da que se trabalha na China, onde a recarga da bateria é a partir da rede elétrica nacional. «Achamos que utilizando técnicas de carga de energia solar ou outra fonte renovável nos vai permitir realmente poupar combustível».

Informou que ao longo dos últimos dez anos, o país tem trabalhado na montagem de 1.000 ônibus da marca Yutong, pelo qual a indústria cubana tem como objetivo preparar e treinar pessoal para, no futuro, desenvolver ou produzir equipamentos deste tipo em parceria com o consórcio chinês ou com outros que têm essa tecnologia.

Acerca da fabricação dos ônibus Diana, tarefa realizada pela entidade que ele dirige, Martinez disse que este ano esperam concluir pensar 600 desses carros, o número mais alto desde 1991, e, assim ajudar a resolver em parte o problema dos transportes no país.

SENTIR A EXPERIÊNCIA E DISCIPLINA DAS EMPRESAS JAPONESAS

Mais de 400 anos após o primeiro contato entre o Japão e Cuba, o país asiático chegou a esta edição da Feira de Havana com a maior delegação de negócios em sua história, para promover as relações comerciais.

De acordo com o presidente da Organização para a Promoção do Comércio Exterior do Japão (Jetro, por sua sigla em Inglês), Hiroyuki Ishige, a nação asiática ocupa, pela primeira ocasião, um pavilhão completo na feira de negócios.

Agora que Cuba está em uma nova fase de desenvolvimento, o Japão deverá desempenhar um papel importante no crescimento da Ilha maior das Antilhas. Em linha com essa intenção, Jetro e a Câmara do Comércio de Cuba assinaram um memorando de entendimento.

Entretanto, a vice-ministra do Mincex, Ileana Nunez Mordoche, reafirmou o interesse de que as empresas japonesas tenham uma participação ativa nos programas de desenvolvimento de energia, turismo, construção e materiais, infraestrutura, indústria e transportes.

«Hoje não existem obstáculos que impeçam avançar em nossos vínculos comerciais e econômicos, portanto nossos esforços devem ser dirigidos a explorar as potencialidades e possibilidades de cada país, a fim de aumentar os laços a um nível mais alto», acrescentou.

Por seu lado, o embaixador do Japão em Cuba, Masaru Watanabe convidou os presentes à abertura do pavilhão do seu país, para sentir a experiência e disciplina das empresas japonesas e a elevada qualidade da sua tecnologia.

Disse que a Ilha vai encontrar no Japão um parceiro fiável para estabelecer relações de ganhar-ganhar. E lembrou a presença de empresas de prestígio como o Hitachi High Tec, Sumitomo, Mitsubishi, Mitsui, Marubeni e Mayekawa.

(Granma)

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