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Angola-Cuba: 40 anos de relações e história solidárias

angola-40Marcados por uma história solidária, Angola e Cuba completaram, em 15 de novembro, 40 anos de ter estabelecido relações diplomáticas com a vontade política de seus respectivos governos de se esforçarem por seu fortalecimento e diversificação.

“A tenacidade do comandante-em-chefe Fidel Castro e do presidente Agostinho Neto não somente propiciou a declaração de independência nacional, mas também que quatro dias depois se pudessem instituir os nexos entre ambos os países”, declarou à Prensa Latina o primeiro embaixador de Havana em Luanda, Oscar Oramas.

Ponderou a capacidade visionária de Fidel e a firmeza de Neto naqueles momentos difíceis, quando corria perigo a emancipação pelas ações de organizações internas e potências vizinhas que arremeteram contra o legítimo Movimento Popular da Liberação de Angola (MPLA).

Os Acordos de Alvor, indicou, assinados em janeiro desse calendário, fixavam em 11 de novembro de 1975 como a data oficial para o anúncio da liberdade.

Em uma conferência magistral que ministro recentemente na Liga Africana, com sede na capital angolana, o diplomata cubano precisou que nesse difícil contexto, Neto e a direção do MPLA pediram apoio a Cuba.

Oramas aludiu aos primeiros instrutores cubanos que chegaram ao solo angolano em 1975 e precisou: “A decisão de ajudar militarmente o MPLA foi tomada no Palácio da Revolução em Havana e não pedimos opinião ou consultamos ninguém, solo nossas consciências”.

“Esses fatos heróicos nos uniram perante a história”, disse Oramas, quem reiterou que em 11 de novembro de 1975 Neto proclamou a liberdade na Praça 1º de Maio (atual Praça da Independência), onde foram escutadas as notas do hino nacional Angola avante.

Para Oramas, a diplomacia também teve seu papel nesse complexo panorama e lembrou quando “em 15 de novembro de 1975 assinei, com o então chanceler de Angola, José Eduardo dos Santos, o estabelecimento das relações diplomáticas entre nossos dois países”.

Especificou que anteriormente se tinha combinado com Neto que, embora o embaixador cubano tivesse chegado a Luanda antes que os outros, o representante do Congo, Benjamín Bounkulou, entregasse primeiro suas credenciais. Desta forma se apresentou o Brasil, seguiu o Congo e “depois a Pátria da estrela solitária: Cuba”.

Genuínos laços de amizade, feitos desde a escravidão, foram reorganizados e consolidados um ano depois quando ambas as nações assinaram o Acordo Geral de Colaboração e sobre essa base foi constituída a Comissão Bilateral Intergovernamental.

Desde essa etapa, Havana e Luanda ajustam, renovam e estabelecem novos compromissos e protocolos setoriais.

Hoje presta, colaboração neste país africano mais de quatro mil cubanos em diversos setores, especialmente na saúde, com 1,8 mil médicos e 1,4 mil professores.

(Prensa Latina)

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