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Continuam diálogos de paz na Colômbia enfocados no tema agrário

Havana, 19 fev (Prensa Latina) Representantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) e o governo desse país continuam hoje o quinto ciclo de diálogos de paz, depois de ambas partes terem se manifestado sobre o tema do desenvolvimento agrário.

No reinício das conversas ontem depois de uma semana de recesso, o chefe da delegação das FARCP-EP, Iván Márquez, divulgou dez propostas mínimas para garantir a soberania alimentar e o bom viver da população.

Entre as proposições se destaca a defesa do direito do povo a definir suas próprias políticas e estratégias sustentáveis de produção, comercialização e consumo de alimentos.

Outra das propostas enfatiza a necessidade de prestar proteção, estímulo e subsídio à produção camponesa, e a comunidades indígenas e afrodescendentes.

Também propõe estabelecer redes entre diversos modelos de produção, com uma coexistência sustentada pelo equilíbrio entre a economia camponesa, a agroindústria e a pecuária.

Ao se dirigir à imprensa reunida no Palácio de Convenções de Havana, sede permanente das conversas desde seu início em 19 de novembro, Márquez convocou a articular um relacionamento equitativo entre produtores rurais e consumidores urbanos, mediante um sistema de compra estatais, regionais e locais.

Por sua vez, o chefe da equipe governamental, Humberto de la Calle, reafirmou que para chegar ao fim do conflito armado colombiano, com mais de meio século de existência, o campo e sua transformação são fundamentais.

Antes de viajar à capital cubana, de la Calle considerou que para construir uma paz estável e duradoura é necessária a transformação do campo, e uma das variáveis principais é o acesso dos camponeses à terra.

Destacou também a vontade governamental de elevar a qualidade de vida dos colombianos que residem em zonas rurais, garantindo acesso a bens públicos como saúde e educação.

Até o momento, o tema da terra tem estado no centro das conversas de paz, que têm Cuba e Noruega como garantes.

Os outros cinco pontos incluídos na agenda se referem às garantias para a participação política, o fim do conflito armado, a solução ao problema das drogas ilícitas, os direitos das vítimas e os mecanismos de verificação e legitimação do que for pactuado na mesa.

 

 

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