Moscou, 9 set (Prensa Latina) O presidente russo, Vladimir Putin, explicou hoje que as despesas para organizar a Cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) logo serão recuperados, pois em sua grande maioria se destinaram a desenvolver o Extremo Oriente russo.
Durante uma conferência na ilha de Ruski, onde decorreu a maior parte da Cúpula, Putin indicou que, dentre os mais de 600 bilhões de rublos (quase 20 bilhões de dólares), a metade foi empregada para construir o gasoduto Sajalin-Vladivostok.
Tal obra contribuiu para o acesso da referida cidade e de toda a comarca de Primorie ao gás, segundo esclareceu o mandatário russo diante de uma pergunta sobre despesas desmensuradas para realizar o evento.
“Também foram construídos um sistema de aquedutos e fornecimento de água, uma nova pista e um terminal aéreo no aeroporto de Vladivostok, estradas, pontes e outras instalações de infraestrutura”, declarou o chefe de Estado russo.
“A intenção do governo é continuar com o apoio ao desenvolvimento do Extremo Oriente e da parte leste da Sibéria. Agora é analisada uma proposta que introduz facilidades de pagamento de impostos para os projetos nessa zona iniciados desde o zero”, adiantou.
Ao responder a denúncias de que, durante a semana da cúpula da APEC, as partes deterioradas da cidade foram colocadas atrás de muros, Putin reconheceu que o investimento para efetuar a cúpula mal foi o primeiro passo com o fim de desenvolver o Extremo Oriente russo.
O chefe de Estado recordou que Vladivostok foi em seu momento uma cidade militar fechada e que nela se construíram muito poucas instalações de caráter social.
“Nós edificamos a Universidade Federal do Extremo Oriente na ilha Ruski, onde antes havia uma base naval, e agora é necessário enchê-la de potencial intelectual, inclusive aquele que possa proceder do estrangeiro”, assinalou.
“As obras feitas para a Cúpula serão herdadas pela população de Primorie e garantirão o desenvolvimento da zona por décadas”, apontou.