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UNASUL: Reino Unido e Equador devem se entender com respeito mútuo

Quito, 22 ago (Prensa Latina) O secretário geral da União de Nações Sul-americanas (UNASUL), Alí Rodríguez, afirmou que o Reino Unido e o Equador devem se entender de maneira soberana e em base ao respeito mútuo para resolver a crise pelo caso Assange.

“Como mandam as mais elementares práticas internacionais da diplomacia e do princípio do direito internacional”, acrescentou.

Rodríguez, em entrevista à Prensa Latina, fez referência à ameaça britânica ao Equador de entrar na sua embaixada em Londres para prender o australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, o que Quito repudiou.

O alto dirigente do bloco integracionista agregou que esta situação, com risco para a soberania de uma nação sul-americana, consolida ainda mais a unidade regional.

“É o que está acontecendo, o que se está demonstrando e o que se está evidenciando”, enfatizou ao aludir ao apoio deste organismo ao Equador, contido na Declaração de Guayaquil, acordada nessa cidade durante o fim de semana.

Afirmou que, se o Reino Unido tem interesse em manter boas relações com a UNASUL e a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), deve reconhecer as práticas ao redor da figura do asilo que se mantiveram na região de maneira inalterável e consecutiva.

No entanto, sugeriu que antes os britânicos deveriam retirar o documento de ameaça e criar as condições que existiam antes para que possa fluir uma negociação em termos de respeito mútuo entre países soberanos.

A contribuição da UNASUL seria para garantir a paz e encontrar uma saída a esta situação, manifestou.

Rodríguez atribuiu a atitude britânica ao fato de que os países imperiais se negam a assumir as novas realidades que vive a região latino-americana.

Tal consideração, manifestou, teria levado o Reino Unido a emitir uma documento oficial com a ameaça de entrar na sede diplomática do Equador em Londres.

O secretário executivo da UNASUL qualificou esse comunicado como detestável e revoltante para qualquer nação.

Concluiu que existem muitos argumentos e fundamentos para o apoio unânime outorgado ao Equador nesta instância.

O direito ao asilo, afirmou, é uma tradição comum que deve ser aceita em outras regiões, para uma convivência pacífica na órbita.

Assange permanece refugiado desde 19 de junho deste ano na Embaixada do Equador na capital britânica e tenta evitar sua entrega à Suécia, para ser extraditado aos Estados Unidos, o país mais prejudicado pelos cabos do WikiLeaks.

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