O cientista brasileiro Pedro Hirata afirmou hoje que a descoberta da ação da proteína STI1, que serve de proteção aos neurônios, poderia ser usada em no futuro para combater o mau de Alzheimer.
“Identificamos uma ação benéfica que pode converter-se em um tratamento”, apontou Hirata ao site G1, o portal de notícias da Globo.
Hirata é um dos autores do estudo que identificou a proteína e que foi publicado na revista científica Journal of Neurochemistry.
De acordo com o pesquisador, o estudo determinou as interações químicas da STI1, uma das responsáveis por ligar o neurônio a outras substâncias que ficam na superfície e por isso recebe o nome de conectante.
Acrescenta que em cima dos neurônios está outra proteína chamada príon, que funciona como receptor de substâncias do ambiente externo, enquanto as conectantes estabelecem a ligação entre o príon e o neurônio.
Depois de afirmar que existem diferentes tipos de conectantes e cada um provoca um efeito diferente, o grupo de pesquisadores achou que a STI1 protege os neurônios e tem um papel importante na formação da memória.
Hirata sustentou a ideia de que um tratamento futuro, que precisa ser desenvolvido em laboratório, possa utilizar a STI1 para blindar os neurônios, proteína que também ocuparia os espaços de conexão, dificultando a interação das toxinas com as células.
“Esperamos conseguir esses dois efeitos com a proteína STI1″, ressaltou o pesquisador brasileiro, segundo o G1.
O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa, atualmente incurável, comum em pessoas maiores de 60 anos e que afeta principalmente a memória.