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Seis palestinos feridos durante repressão de protesto na Cisjordânia

Ramallah, 13 jan (Prensa Latina) Porta-vozes palestinos disseram hoje que seis manifestantes que protestavam contra a onda de construções israelenses foram feridos durante a destruição pelo Exército de um acampamento na Cisjordânia.

Em um fato separado, fontes palestinas informaram sobre a morte a tiros por soldados israelenses de um jovem que se aproximou de uma área declarada restrita pelas força ocupantes.

Os manifestantes feridos foram internados em hospitais, revelou Abir Kopty, do Comitê de Coordenação de Luta Popular, quem desmentiu que a invasão do acampamento tenha sido pacífica e decorresse sem incidentes.

Ao redor de 250 palestinos e pacifistas de várias nacionalidades montaram em meados de semana uma vigília na área chamada E 1, na qual o Governo de Tel Aviv autorizou a construção de cerca de três mil moradias para imigrantes judeus.

Ao todo, as autoridades de ocupação anunciaram a construção de mais de seis mil moradias na Cisjordânia e no leste de Jerusalém; informações da organização pacifista israelense Paz Agora afirmam que outro assentamento paramilitar foi autorizado em segredo nas últimas horas. A medida, chamada pelo presidente palestino Mahmud Abbas de “linha vermelha”, foi ditada em represália pela elevação do estatuto da Autoridade Nacional Palestina (ANP) à condição de Estado não membro na ONU em novembro passado.

Neste sábado, duas notáveis palestinas, a legisladora Hanan Ashrawi e a ministra de Assuntos Sociais da ANP, Majida al Masri, revelaram que foram impedidas de fazer contato com os manifestantes por soldados israelenses, que as vexaram e as maltrataram antes de obrigá-las a abandonar a zona.

O jovem morto foi identificado como Odai Darwish, de 21 anos, quem tratou de chegar ao seu emprego por um caminho mais curto, o que o aproximou da delimitação na zona de El Khalil, na cidade de Hebron.

A vítima é o segundo palestino morto a tiros pelas tropas ocupantes desde a sexta-feira, quando um camponês foi baleado por soldados israelenses ao tratar de reiniciar o trabalho em seus cultivos, próximos à zona de demarcação imposta pelas forças israelenses.

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