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Examinam na Argentina avanços na luta contra HIV-Sida e Hepatites

Buenos Aires, 29 agosto (Prensa Latina) Mais de dois mil profissionais da saúde e líderes comunitários avaliará desde hoje os avanços conseguidos na Argentina na prevenção e atenção do HIV-Sida e Hepatites, sendo encontros organizados pela Fundação Hóspede.

As análises se levarão adiante em mais de 20 sessões de trabalho previstas até a sexta-feira próxima do XI Simpósio Internacional de Sida e o I Simpósio Internacional de Hepatites, entre cujos dissertantes figura o chefe do Departamento de HIV-Sida da Unicef em Nova Iorque, Craig McClure.

De acordo com especialistas nacionais, o maior desafio que enfrenta hoje a Argentina é o de poder elevar o número de pessoas que realizam “testes” de HIV e que isto a sua vez se traduza em um aumento da população em baixo tratamento.

No país se diagnosticam uns cinco mil casos por ano e no mesmo período registram-se entre 300 mil e 400 mil falecimentos por causa dessa doença, precisou ontem Ariel Adazko, especialista do Ministério de Saúde da Nação.

Segundo o responsável pela área de Estudos e Investigação da Direção de Sida e Doenças de Transmissão Sexual, nas últimas duas décadas a mortalidade por esta causa desceu para 42 por cento.

Este decrescimento relaciona-se com o aparecimento, a partir de 1996, dos tratamentos antirretrovirais; a doença deixou então de ser mortal e transformou-se em crônica, e Argentina decretou a obrigação da cobertura gratuita, explicou por sua vez Pedro Cahn, titular da Fundação Hóspede.

Nesse sentido, e durante um encontro prévio aos simpósios realizados ontem, a servidora pública de Unicef Adriana Durand constatou que também no caso da transmissão vertical (de uma mãe infectar seu filho durante a gravidez, no parto ou na jactância) há uma considerável diminuição de casos.

A respeito, catálogo como uma meta a promulgação, em 2002, de uma lei que obriga a oferecer o teste de HIV com consentimento informado às mulheres grávidas.

Durand, disse a agência de notícias Telam, expressou no entanto sua preocupação porque na Cidade de Buenos Aires de três casos de transmissão vertical detectados em 2009 passou a 12 no ano passado.

Unicef descobriu que entre 30 e 40 por cento dos filhos de mães infectadas não termina de completar o diagnóstico, alertou a especialista da Unicef, quem considerou imprescindível a detecção temporal do vírus nos meninos para tratá-los antes dos três meses de nascidos.

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