La Paz, 23 ago (Prensa Latina) Adriana Pérez, esposa do antiterrorista cubano Gerardo Hernández, continuará hoje seu intenso programa na Bolívia, que incluirá um foro na Universidade Maior de San Andrés e outro na Assembleia Legislativa Plurinacional.
Pérez, que chegou ao país ontem e pouco depois ofereceu entrevistas a vários meios de imprensa, visitará a Faculdade de Direito do referido centro docente, onde dissertará sobre a situação dos Cinco – como se conhece aos antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos.
O encontro, organizado pelo Movimento de Solidariedade com Cuba e o Partido Comunista de Bolívia, servirá de preâmbulo à formação do Comitê dos Cinco no país andino.
Durante a tarde, Pérez participará em uma atividade na sede da Assembleia Legislativa, na qual estarão presentes senadores e deputados, e depois se reunirá com representantes das brigadas médica e educativa cubanas assentadas cá.
Amanhã terá um encontro com intelectuais e diretores de meios de imprensa na sede da Vice-presidência do Estado Plurinacional e depois viajará à Higuera, onde renderá homenagem em seu nome e no de seu esposo ao guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara, assassinado em outubro de 1967.
Ontem, a esposa de Gerardo Hernández participou em um ato de homenagem aos Cinco no teatro da Empresa de Correios de Bolívia, onde agradeceu o apoio dos bolivianos à causa dos prisioneiros.
Gerardo Hernández foi condenado em 2001, pela Corte do estado da Flórida, a mais duas penas perpétuas 15 anos de cárcere e ainda permanece em prisão, o mesmo que outros três de seus colegas de causa: Ramón Labañino, Antonio Guerrero e Fernando González, apesar da forte pressão internacional para que o governo estadunidense os liberte.
O outro antiterrorista, René González, já saiu da prisão, mas deve permanecer nos Estados Unidos até que cumpra seu período de liberdade condicional.
Os Cinco foram detidos em setembro de 1998 quando monitoravam os planos de organizações terroristas financiadas por Estados Unidos e assentadas no sul da Flórida, com a intenção de informar dos mesmos às autoridades cubanas.
A anônima atividade dos Cinco permitiu frustrar numerosas ações que iam do envio ilegal de armas à Cuba e à explosão de aviões civis em pleno voo, até a preparação de atentados contra a vida dos principais dirigentes da Revolução.