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Cresce campanha para justificar agressão contra a Síria

p>Damasco, 22 ago (Prensa Latina) Círculos políticos e meios da imprensa ocidental intensificam hoje a campanha para justificar uma agressão contra o povo e o governo da Síria, neste caso levantando o tema das armas químicas.

Na segunda-feira, o presidente estadunidense, Barack Obama, ameaçou realizar uma ação militar direta se Damasco tentar utilizar armas químicas ou biológicas ou proporcioná-las a aliados de grupos como a Al-Qaeda.

Não aceitaremos que as armas químicas nem biológicas caiam nas mãos de pessoas equivocadas, assinalou de forma ameaçante o presidente durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca.

Os pronunciamentos tiveram um amplo destaque em meios estadunidenses e de seus aliados da OTAN, que o consideram uma luz verde para prosseguir tentativas encaminhadas a derrubar o governo do presidente Bashar Al-Assad, sem medir meios nem esforços.

Na linha traçada pela Casa Branca, nesta quarta-feira o jornal alemão Die Welt comenta que a Síria “teria em seu poder não só um arsenal de armas químicas, mas também um grande número de armas biológicas”.

O jornal cita o especialista alemão em armamentos Hans Rühle, que diz que os sírios trabalham na elaboração de agentes infecciosos como antrax, peste, tularemia ou febre dos coelhos, botulismo, cólera, ricina, o vírus campelpox, varíola e aflatoxinas.

Carente de elementos demostrativos, o analista indica que as substâncias já foram provadas, enquanto outras proviriam das investigações soviéticas, desenvolvidas para a produção industrial e sua utilização militar, um argumento perdido no tempo.

O aparecimento destas observações foi possível ocorrer ao mesmo tempo em Paris, Londres e outros países que integram a cruzada ocidental contra Damasco.

O fantasma das armas de destruição em massa (ADM) foi utilizado contra o Iraque e, ao final, Washington teve que admitir que todo foi uma farsa para justificar a agressão, algo que as famílias estadunidenses ainda lamentam.

Segundo o jornal Chicago Tribune, a última vez que um presidente estadunidense ameaçou empreender ações militares sobre armas de destruição em massa no Oriente Médio, provocou uma tormenta de debate interno. A maior parte, agrega, vinculada com a pergunta: Que interesses de segurança nacional estadunidenses estão em jogo nesta luta?

Isso é algo que Obama não fez ainda. Esperamos que não tenha que fazê-lo, acrescenta, e ainda mais no meio de sua corrida pela reeleição à presidência.

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